Sérgio Moro pede auxílio a quatro países para ouvir testemunha
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato em primeira instância
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato em primeira instância, pediu auxílio judicial a quatro países para ouvir testemunhas de defesa indicadas pelo lobista Fernado Baiano em um dos processos que ele responde na Justiça.
O pedido foi feito às autoridades da Holanda, do Japão, das Ilhas Cayman e da Coreia do Sul. Entre as testemunhas, estão o diretor da Petrobras International Baspetro BV, Claudio Castejon e o vice-presidente executivo da Samsung Heavy Industries, Harris Lee.
Neste processo, além de Baiano, também são réus o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o doleiro Alberto Youssef e o consultor da Toyo Setal Júlio Camargo. Os quatro são suspeitos, conforme denúncia, dos crimes de corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital entre 2006 e 2012.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Fernando Baiano e Nestor Cerveró são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina entre 2006 e 2007 para intermediar a contratação pela Petrobras de navios-sonda da Samsung Heavy Industries para a perfuração de águas profundas na África e no México. Fernando Baiano era representante de Nestor Cerveró no esquema, ainda segundo a denúncia.
Uma das perguntas feitas por Moro no documento desta terça e que deverá ser apresentada às testemunhas estrangeiras é se eles têm conhecimento do pagamento de comissões a funcionários da Petrobras nas contratações apontadas pelo MPF. No documento, o magistrado indicou os acordos internacionais que permitirão esses depoimentos e pediu, caso possível, que as oitivas sejam feitas em até dois meses.
À época das denúncia feita pelo MPF, os advogados de Nestor Cerveró e Fernando Baiano negaram as acusações.
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