Cidades

Setap aciona Justiça para que 80% da frota de ônibus seja mant

Ação cautelar foi impetrada na manhã desta quarta-feira, 10. Sindicato dos Rodoviários anunciou greve para 16 de junho


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap) anunciou na manhã desta quarta-feira, 10 que ingressou com ação cautelar para garantir que, caso mantida a paralisação dos rodoviários, anunciada para terça-feira, 16, seja garantida a frota mínima de 80% em circulação.

A direção do sindicato afirma que vem negociando com os trabalhadores e conseguiu uma importante conquista na semana passada. Numa negociação com os donos das empresas de ônibus, intermediada pelo deputado Pedro da Lua (PSC), presidente da Comissão de Direitos Humanos e membro da Comissão de Transportes e Obras, os trabalhadores conseguiram o compromisso de reajuste de 9%, caso não haja paralisação dos rodoviários. O reajuste é acima da inflação, cujo acumulado ficou na ordem de 8% nos últimos 12 meses, e foi comemorado porque foi concedido mesmo sem o reajuste tarifário, reivindicado pelos empresários.

Entretanto, o Sindicato dos Rodoviários não reconheceu a proposta e insiste num percentual médio de 17%. O presidente do Sincotrap, Genival Cruz, afirmou que qualquer acordo só poderia ser homologado por ele. Dissidentes do sindicato, no entanto, reuniram na semana passada e estão dispostos a não paralisar.

 
Além do percentual no salário base, o Setap prometeu aos trabalhadores reajuste na cesta básica, que vai passar de R$ 330 para R$ 400. Esse auxílio alimentação virá em forma de cartão magnético com limite de até R$ 600. Assim, o que exceder do benefício será subsidiado pelo trabalhador.

 
Outra conquista foi o compromisso das empresas em rever as “duas pegadas”, que apesar de respeitarem uma orientação da Justiça do Trabalho que concede menos uma hora de descanso aos trabalhadores, se torna cansativo para a categoria. Neste caso, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap) propôs um acordo coletivo homologado junto à Justiça Trabalhista com aval do Ministério Público do Trabalho para evitar futuras ações trabalhistas cobrando indenizações de intrajornadas. “Estamos apenas obedecendo um dispositivo legal. Mas se a categoria prefere a jornada única, vamos acordar isso no foro competente”, explicou o presidente do Setap, Décio Melo.


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