Setap considera ilegal e abusivo anúncio de paralisação dos r
Rodoviários prometem parar se reivindicações não forem atendidas até sexta, 13.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap) classificou como ilegal e abusivo o anúncio de paralisação feito pelo Sindicato dos Rodoviários (Sincotrap) para essa quarta-feira, 11.
O Setap reconhece as dificuldades para honrar com os compromissos pecuniários com a categoria, mas relembra que Macapá é a capital com a tarifa mais defasada do Brasil, o que compromete investimentos no setor. Já são quase quatro anos sem reajuste. O último ocorreu em agosto de 2011.
Aliada a questão tarifária está a redução de até 50% no número de passageiros nos meses de janeiro e fevereiro, decorrente das férias escolares e o aumento no preço do óleo diesel e outros insumos.
As empresas montaram um cronograma de pagamento e espera regularizar a situação dos trabalhadores até sexta-feira, 13, não havendo necessidade de paralisação. “O Setap reconhece as dificuldades enfrentadas diante da crise econômica que se instalou no Amapá nos últimos meses, diante da não realização de grandes eventos – como a Expofeira –, que movimentam a economia local, e aquecem diversos setores, dentre eles o transporte de passageiros. Além disso, há de se destacar que janeiro, por ser mês de férias escolares e recesso para diversas categorias, é tradicionalmente um mês de baixa arrecadação. Aliado a essa crise econômica, as empresas enfrentam o congelamento tarifário há quase quatro anos, ao passo que o diesel, pneus e peças de reposição dos ônibus quase dobraram de preço no mesmo período”, afirmou o Setap por meio de nota.
Duas pegadas
O Setap também rebateu as críticas formuladas pela direção do Sindicato dos Rodoviários acerca da jornada de trabalho da empresa Expresso Marco Zero. O Sincotrap defende jornada única de 7 horas, o que não é permitido por lei.
A empresa adota jornada de 7 horas, mas intercalada com intervalos que variam de uma a duas horas. O intervalo para descanso é feito no local de opção do funcionário.
No dia 15 de janeiro, durante reunião no Ministério Público do Trabalho, o MPT reconheceu a dificuldade de atender o pleito do Sincotrap pois a jornada única de 7 horas fere a legislação. “Se a categoria não aceita, deveria pedir a mudança da lei e não propor descumpri-la”, afirmou a entidade.
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