Cidades

Situação dos eletricistas da CEA preocupa sindicato dos urbanitários

A CEA tem pelo menos 250 eletricistas em seu quadro efetivo, sem contar os terceirizados, e o futuro deles preocupa o sindicato a partir do final do ano que vem, quando estará concluído o processo de privatização da empresa.


PAULO SILVA
DA REDAÇÃO

Nesta segunda-feira (17/10), quando se comemora o Dia do Eletricista, o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Audrey Cardoso, disse que a entidade está preocuada com a avalanche de demissões que virá com a privatização da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), cujo processo já está em andamento com a não autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para assinatura do contrato de concessão.

A CEA tem pelo menos 250 eletricistas em seu quadro efetivo, sem contar os terceirizados, e o futuro deles preocupa o sindicato a partir do final do ano que vem, quando estará concluído o processo de privatização da empresa.

“Estamos tentando resolver a situação junto ao governo do estado, pois é sabido que a empresa que ficar com a CEA na privatização dispensará todo mundo e contratará com salários menores, pois dificilmente fica com qualquer quadro. Ela se desfaz do quadro existente e contrata novas empresas e outras pessoas para prestar o serviço. Essa é uma realidade que estamos enfrentando”, disse Audrey.

Ele também destacou a possibilidade de transposição de servidores mais antigos da CEA para os quadros da União com base na Emenda 79, enquanto os concursados, que são poucos, seriam absorvidos pelo governo do estado.

O presidente do sindicato reafirma a luta pela não privatização da Companhia de Eletricidade do Amapá, mas reconhece a determinação da Aneel para que as empresas já federalizadas pela Eletrobras e a estatal amapaense sejam privatizadas, tanto que os contratos de concessão não serão renovados. “Mas é uma luta inglória”, admite.

Segundo Audrey Cardoso, quem vai sofrer com a privatização da CEA será a população mais pobre, pois quem assumir visará o lucro sem ligar para a questão social.

Outra situação preocupante para o sindicato é quanto a dívida da CEA, que deve ficar para o estado, pois a iniciativa privada deve receber a empresa enxuta, sem débitos. Será que a CEA será vendida por um real e a dívida ficará para o povo do Amapá?, indaga o sindicalista. Audrey Cardoso finalizou chamando a atenção do novo reajuste da tarifa de energia que virá a partir de novembro.


Deixe seu comentário


Publicidade