Toffoli discute como evitar ‘captura’ da democracia pelo poder
Presidente do TSE falou em congresso internacional sobre financiamento.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Dias Toffoli, realizou a abertura do Congresso Internacional sobre Financiamento Eleitoral e Democracia. Durante seu discurso, ele falou da influência do poder econômico sobre a democracia.
O congresso, dedicado a discussões sobre transparência no processo eleitoral, marca a adesão do Brasil ao Instituto para Democracia e Assistência Eleitoral Internacional (Idea), organização intergovernamental dedicada a estudos, formulação de políticas públicas e reformas voltadas para melhorias no sistema democrático.
“A questão do financiamento de campanhas eleitorais e de partidos políticos e de candidatos, eu sempre costumo trazer a dimensão de que se trata de algo muito maior. É quem financia a democracia, quem é que tem o dever ou o direito de atuar financiando a democracia no nosso país. Esse é um debate que ocorre em todo o mundo democrático, em todas as nações. E como evitar a captura da democracia pelo poder econômico”, disse.
Toffoli defendeu a necessidade de discutir o tema do financiamento político, destacando o crescimento das contribuições privadas. Em 2014, afirmou, as empresas foram responsáveis por 75% de todo o dinheiro gasto nas campanhas eleitorais. Nas campanhas presidenciais, as empresas bancaram 95% dos gastos.
O secretário-geral do Idea Internacional, Yves Leterme, saudou a entrada do Brasil no órgão, e que conta atualmente com 28 países-membros. Em seu discurso, ele falou dos impactos do financiamento privado na política. “Estávamos falando sobre o dinheiro na política e também do impacto negativo da interação entre o dinheiro e as decisões políticas, a forma de fazer negócios, sobre pessoas que são eleitas e podem não ter qualidade de representação por causa do dinheiro”.
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