O estoque de soro antiveneno (antiofídico e antibotrópico) para picada de cobras está baixo em vários estados do país, segundo o Ministério da Saúde (MS). Por causa da insuficiência do antídoto, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Amapá foi orientada pelo ministério a racionar o uso do soro.
Os laboratórios responsáveis pela produção desses produtos no país – Institutos Butantan e Vital Brasil, Fundação Ezequiel Dias (Funded) e Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos – pararam de produzi-los. A interrupção ocorreu em atendimento a uma solicitação de adequação de Boas Práticas de Fabricação feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Pedro Leite, a redução ocorre em todo Brasil há quase dois anos. Apesar de não quantificar a diminuição, ele diz que como estratégia para evitar a falta total do soro, os hospitais que são as principais portas de entrada para estes casos – Hospital de Emergência e Santana -, farão uma triagem mais específica, com intuito de evitar a utilização desnecessária.
“Até o momento não chegou a faltar, porém, o nosso estoque está bem restrito, o que garante o atendimento a população por mais seis meses. Conforme o Ministério da Saúde, a expectativa para que os laboratórios voltem a produzir os antídotos é para outubro deste ano. O soro antiveneno é o único tratamento para a picada de animais peçonhentos”, explicou Leite.
O secretário ainda reitera que embora a incidência destes animais neste período seja grande, o número de ocorrências de janeiro a maio de 2015 não foi alarmante. De acordo com informações do HE, apenas 21 casos em relação a picadas de cobra foram registrados.
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