Vice Temer diz na Rússia ter certeza de que Dilma concluirá mandato
No dia 3, ele afirmou que seria ‘difícil’ Dilma resistir com baixa popularidade
Em meio a uma visita oficial à Rússia, o vice-presidente da Republica, Michel Temer, afirmou que tem certeza de que a presidente Dilma Rousseff concluirá o seu mandato até 2018. Primeiro nome na linha de sucessão da Presidência, Temer deu a declaração ao ser questionado por um jornalista sobre se Dilma está tendo uma “última chance” no governo. O peemedebista, então, destacou que, na opinião dele, a petista está se recuperando.
No início do mês, durante um debate com um grupo de empresários em São Paulo, o vice disse que, se Dilma não reverter os atuais índices de popularidade, será “difícil” resistir a mais três anos e meio de governo. À época, a fala do vice gerou um mal-estar no governo. Diante da repercussão do caso, Temer chegou a divulgar nota oficial na qual repudiou as “teorias” de que ele estivesse agindo como conspirador.
Na semana passada, partidos da oposição e até da base governista – entre os quais PSDB, PPS, DEM, PSC, PMDB, PTB e SD –, lançaram, na Câmara dos Deputados, um “movimento” a favor da abertura de um processo de impeachment da presidente da República.
O grupo criou um site para coletar assinaturas de eleitores e parlamentares que defendem o afastamento da chefe do Executivo. O objetivo é reforçar os pedidos de abertura de processo de impeachment que aguardam decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Temer viajou à Rússia comandando uma comitiva de ministros brasileiros que tem o objetivo de atrair investimentos para o Brasil. Antes de falar com os jornalistas, o vice visitou um stand do Brasil em uma feira de alimentos na capital russa. Mais cedo, o peemedebista havia se reunido com o presidente da Duma, a Câmara dos Deputados da Rússia.
Cortes no Orçamento
Na rápida conversa com a imprensa em Moscou, o vice-presidente também foi questionado sobre a possibilidade de o governo voltar a anunciar cortes de despesas no Orçamento de 2016. Dilma usou a reunião semanal de coordenação política para discutir o tamanho do novo corte de gastos. A expectativa é de que a tesourada presidencial alcance cerca de R$ 20 bilhões.
A presidente já havia se reunido no fim de semana com os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) para definir o enxugamento das despesas da União.
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