Cidades

Zika vírus já circula em várias regiões do país

SURTO


Entrevistado pelo Diário do Amapá, o médico Cláudio Leão explicou que o Zika vírus foi identificado pela primeira vez na floresta de Zika, em Uganda, na África, na década de 40 e, posteriormente, surgiu na Nigéria, no final dos anos 60. “A partir daí, o vírus se alastrou por quase todo o continente africano, chegou na Ásia, Oceania e Europa e, agora, no Brasil, inicialmente na Bahia, atingindo, logo em seguida, vários estados nordestino, avançando, agora, para outras regiões.

Para Cláudio Leão, o zika vírus, causador da microcefalia, é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue, febre amarela e chicungunha, provavelmente chegou ao Brasil durante a Copa do Mundo do ano passado, trazido por turistas africanos.

O médico explica que, depois do contágio, o período de incubação pode levar de 3 a 12 dias. “Os sintomas da febre Zika se assemelham aos causados pela dengue, com dores na musculatura, nas articulações e na cabeça, principalmente, com o paciente apresentando quadro de febre, náuseas, diarreia e mal-estar, além de fotofobia (sensibilidade à luz), manchas na pele – especialmente nas palmas das mãos e plantas dos pés – acompanhadas de coceiras e conjuntivite”.

Como ainda não existe vacina contra as doenças causadas pelo Aedes aegypti, o médico recomenda a prevenção receita medicamentos para minimizar os seus efeitos: “Cuidados especiais devem ser adotados pela população, como a eliminação dos focos do mosquito. No caso do acometimento de qualquer doença causada pelo mosquito, o tratamento é sintomático, com a administração de anti-inflamatórios não esteróides e de analgésicos e antitérmicos que não contenham ácido acetilsalicílico (AAS). O mais eficiente, mesmo, porém, é a prevenção, por isso se deve ter mais cuidado pela manhã e ao fim do dia, como também durante muito calor e chuva, que são os períodos de maior atividade do mosquito, além de não deixar acumular água em vasos de plantas e outros recipientes”.


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