“A crise no Sul vai afetar nossa economia e o Amapá tem que estar preparado”

 

Cléber Barbosa
Da Redação

 

Deputado, durante a semana o senhor usou a tribuna da Assembleia Legislativa para fazer elogios a um novo arcabouço jurídico que o estado lançou para que os licenciamentos sejam mais céleres. O que há pra se comemorar com a medida no seu entendimento?
Júnior Favacho – Eu considero isso o maior avanço nos últimos anos que o Amapá teve, especialmente nesse novo momento que a gente está buscando um novo modelo para o estado, para se produzir, para plantar, gerar emprego, gerar renda, enfim. Essa mudança na legislação ambiental nossa, onde o estado passa uma nova condição aos municípios, de licenciar até mil hectares, com a oportunidade de supressão vegetal, onde o município está mais perto dos produtores, portanto consegue dar mais celeridade nessas licenças ambientais, como é o caso de Macapá, onde o prefeito Furlan tem sido um grande apoiador e incentivador da agricultura, através das ações de pastas como a que o doutor Marvulle comanda, como secretário do Meio Ambiente; na mesma esteira o prefeito Bruno Mineiro, de Tartarugalzinho, como também a prefeita Beth [Pelaes] que tem autorizado até mesmo plano de manejo florestal, então esse é o Amapá que nós queremos, ficando sob encargos do estado licenciar acima de 2,5 mil hectares, com a obrigação de EIA-RIMA [Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental].

 

Diário – Esses para os de maior porte então, não é?
Favacho – Exatamente. Entendo que com isso o pequeno e o médio produtor têm que estar ligado ao município, de maneira mais fácil, de maneira mais rápida, e os grandes que têm uma condição melhor, um estrutura melhor, um assessoramento jurídico, ambiental, técnico, enfim, um suporte muito maior e melhor, esses se reportam ao estado. Eu acho que cada um fazendo a sua parte a coisa flui muito melhor, aliás, já avançou muito, quero aqui fazer um a menção à vontade política nesse momento do governador Clécio e do vice-governador Teles Jr que conduziu essa matéria pessoalmente. No dia 2 de maio agora eu até falava com ele sobre isso, de como foi um avanço muito grande para o estado, e de nossa parte, na Assembleia [Legislativa] já começaram agora as audiências do zoneamento.

 

Diário – Isso é parte da chancela que o Legislativo precisa dar para esse novo modelo deputado?
Favacho – Exatamente, para esse aval do novo regramento a Assembleia está pronta, conduzida pela deputada Aliny Serrão, que já determinou que essa matéria ao chegar na Casa seja logo apreciada e dê segurança jurídica aos nossos produtores e aqueles que querem vir ajudar o Amapá a crescer e a produzir.

 

Diário – O senhor preside a Comissão de Agricultura e Abastecimento no Parlamento, colegiad que tem sido bastante diligente por fomentar debates que levam a entregas para a sociedade, não é mesmo?
Favacho – Ah verdade, muita coisa mesmo. Eu digo inclusive que Deus é perfeito e me deu a missão de conduzir a comissão junto com os deputados Lorran, Jesus, Dayse e Liliane, pessoas que viemos do campo, têm afinidade com o homem do campo, e trazemos os anseios da vivência de quem atua nesse segmento, sabe das dificuldades, do que eles esperam da gente, daí eu achar que foi uma das comissões mais atuantes ao longo da história da Assembleia Legislativa, exatamente num momento que o Amapá se posiciona como a última fronteira agrícola do país.

 

Diário – O próprio anúncio de que a Ceasa do Amapá vai mesmo sair do papel é fruto desse momento?
Favacho – Sim, saindo do papel ,não só a Ceasa, mas também centrais de armazenagem, em breve também a primeira operação de fertilizantes no Amapá, enfim, são muitos avanços que a gente junto com o governo e as prefeituras, assim com o setor, o mercado, a associação dos produtores, que agora tem à frente o Renan Massoni, para onde a gente até vai se dirigir neste fim de semana e discutir novas medidas e ainda mais apoio ao setor.

 

Diário – Para terminar, o que dizer sobre a tragédia no Sul, um estado tão importante para o agronegócio?
Favacho – Ah um momento muito triste, peço a Deus que na sua infinita misericórdia conforte a todos, abençoe aquele povo do Rio Grande do Sul, que vai demandar um novo Plano Marshall, reconstruir um estado, algo que mexe com a nossa economia, eles são os maiores produtores de arroz, de pescado, de carne, frango, enfim, muitos alimentos que são produzidos lá nós consumimos no Amapá e precisamos estar preparados.

Perfil

Júnior Favacho – Amiraldo da Silva Favacho Júnior, conhecido como Júnior Favacho é de Macapá, nasceu no dia 10 de julho de 1979, é administrador e produtor rural.

 

Breve biografia
– Iniciou sua carreira política em 2010, ao ser eleito deputado estadual pela primeira vez. À época, ele era filiado ao PMDB.

– Na primeira eleição interna no Parlamento Estadual foi eleito o primeiro vice-presidente, tendo sido efetivado na direção da Casa de Leis em 2012, com o afastamento do titular.

– Acabou realizando uma gestão marcada por avanços e entregas para a população, como a realização de audiências públicas pelo interior do estado.

– Em 2014 foi candidato à reeleição pelo mesmo PMDB, desta feita na chapa do Governador Waldez Góes (PDT) e sagrou-se vitorioso para um segundo mandato de deputado estadual com 7.817 votos.

– Nas eleições de 2018 foi reeleito deputado estadual pelo DEM, com 5.585 votos.

– Foi eleito novamente em 2022.

– Amiraldo da Silva Favacho Júnior é filho dos ex-deputados estaduais Amiraldo e Francisca Favacho, o pai conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Amapá e também é irmão do deputado federal Acácio Favacho.

– É formado em Administração pela UEAP.

 

 

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