“Vistos para os Estados Unidos vêm sendo negados com maior frequência”
Não é só para o sul do Brasil que muitos amapaenses estão buscando oportunidades, mas nos Estados Unidos também. Só que a concessão do visto pode atrapalhar esse sonho, e uma especialista dá dicas valiosas sobre os riscos da negativa.
Cleber Barbosa
Da Redação
Diário do Amapá – A frequência de negativas em solicitações de vistos para os Estados Unidos, seja para estudantes, turistas ou trabalhadores, tem aumentado consideravelmente nos últimos meses, dificultando a vida de brasileiros que têm a intenção de realizar uma viagem ao país norte americano. O quê fazer?
Kris Lee – Bom, uma negativa de visto para os Estados Unidos não impossibilita que o solicitante receba a autorização de entrada em outros países. Muitas pessoas realmente querem sair do Brasil devido à instabilidade econômica que o país enfrenta. E os Estados Unidos, na maioria dos casos, é a principal escolha de destino dos brasileiros em busca de trabalho. No entanto, no caso de uma negativa, existem outros países que precisam de mão-de-obra e esses trabalhadores podem ser extremamente bem-vindos. É válido olhar esse panorama de maneira positiva.
Diário – Em alguns casos, mesmo com todos os requisitos preenchidos, a possibilidade de negativa na solicitação ainda é uma realidade?
Kris Lee – Exatamente. É uma deliberação exclusiva do agente da imigração e, em algumas situações, eles interpretam que o solicitante não tem vínculos que os façam retornar ao Brasil, levantando a suspeita de que esse migrante possa tentar permanecer nos Estados Unidos mesmo após o período de expiração do visto. Essa é uma das principais preocupações dos agentes consulares e algo que eles sempre levam em consideração durante a entrevista.
Diário – Nesse tipo de situação, a senhora afirmaria que o auxílio de um especialista é a melhor solução?
Kris Lee – Caso a negativa aconteça por suspeita de um possível overstay, quando um estrangeiro permanece nos Estados Unidos por mais tempo do que o período de permanência autorizado, sugiro que o solicitante converse com um advogado especialista em imigração, pois ele vai tentar entender porque o visto foi negado e agir a partir dessas informações
Diário – Embora não existam números que corroborem a informação, a senhora acredita que o número de negativas realmente cresceu nos últimos meses?
Kris Lee – Presenciei casos de pessoas que preenchiam todos os requisitos para a aprovação, como imposto de renda em dia, patrimônio relativamente acima da média, empresa estabilizada no Brasil e mesmo assim tiveram suas solicitações negadas. É uma deliberação dos agentes consulares e não sabemos o porquê desse aumento nas negativas.
Diário – Então a dica seria esperar um cenário mais positivo para solicitar o visto pode ser a melhor alternativa nesse momento?
Kris Lee – Eu recomendo que as pessoas só apliquem o visto quando realmente tiverem estrutura para fazer a aplicação, pois se o visto for negado, isso ficará registrado, dificultando a aprovação de um novo pedido no futuro.
Diário – Então, pra fechar, fale um pouco da estrutura e da parceria que a senhora conseguiu disponibilizar para estrangeiros de um modo geral e não apenas brasileiros em busca do sonho de fazer a América como se costuma dizer.
Kris Lee – A parceria entre os escritórios de advocacia YouJin Law Group e Toledo resultou no Lee Toledo. Os principais diferenciais do novo escritório, que contam com a experiência de 30 anos do advogado Kris Lee e 18 anos do advogado Daniel Toledo, são a possibilidade de atender clientes no seu próprio território nacional, sendo este dentro do Brasil e da União Europeia, garantido pelo acordo de reciprocidade entre a Associação Portuguesa de Advogados e a associação de advogados de outros países europeus e dos Estados Unidos. Os atendimentos podem ser feitos em português, inglês, português e coreano.
Diário – Obrigado pela entrevista.
Kris Lee – Eu que agradeço e fico à disposição.
Perfil
Y. Kris Lee – Advogada norte-americana, Sócia-gerente da LeeToledo PLLC licenciada nos Estados Unidos, no Distrito de Columbia e no Estado de New York. Com mais de 30 anos de prática do direito, Kris se especializou em aconselhar e representar peticionários perante o Serviço de Imigração dos EUA e tratar de questões jurídicas de clientes perante outras agências governamentais ou tribunais federais.
Formação Acadêmica
-Doutorado em Direito, pela American University Washington College
– Ordem dos Advogados do Distrito de Columbia, emitido em abril de 1993.
– Ordem dos Advogados do Estado de Nova York, emitido em janeiro de 1991.
Especializações e habilitações
– Direito imigratório, Direito de negócios, Litígios de danos pessoais, Direito de planejamento patrimonial, Direito societário.
Ocupação atual
– Sócio administrador e advogado nos Estados Unidos no escritório de advocacia Lee Toledo, licenciado nos Estados Unidos, no Distrito de Columbia e no Estado de Nova Iorque. Com mais de 30 anos de experiencia jurídica, Kris especializou-se em assessoria e na representação perante USCIS e em lidar com questões legais de clientes perante outras agências.
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