Ajuda a Ganso, bons pontas e Morumbi podem salvar Libertadores
Camisa 10 é melhor do São Paulo, mas tem de ter mais opções de passe e auxílio dos companheiros; primeiro tempo contra The Strongest
Dois empates, uma derrota e o pior início do São Paulo na história da Taça Libertadores. Em meio ao momento ruim, Ganso tem sido o único destaque. Ainda que o frustrante empate por 1 a 1 com o Trujillanos tenha lado negativo do meia, responsável por perder pênalti, os lampejos de bom futebol do time passam pelos seus pés.
Na luta por três vitórias nas próximas rodadas, o técnico Edgardo Bauza tem a missão de ajudar mais seu camisa 10 e lhe dar mais opções de passe com pontas eficientes. Para isso, o Tricolor pode se espelhar no primeiro tempo da derrota por 1 a 0 para o The Strongest, no dia 17 de fevereiro, no Pacaembu.
Apesar do resultado, a etapa inicial diante dos bolivianos foi a melhor do São Paulo na fase de grupos. Organizado, o time no tradicional 4-2-3-1 controlou a maior parte do tempo, apesar de sofrer bola na trave
A equipe conseguiu variar a criação de chances: ameaçou na bola parada, com pressão na saída do adversário, em chute de longa distância de Ganso e em troca de passes iniciada pelo meia que terminou com cruzamento perigoso de Michel Bastos.
Depois, a substituição de Hudson por Calleri no intervalo desequilibrou a equipe e culminou na derrota. Essa análise, inclusive, foi feita por alguns dos próprios atletas internamente. Ficou o bom exemplo da etapa inicial no Pacaembu.
Bauza manteve o sistema tático nos empates por 1 a 1 com River Plate e Trujillanos. O digno resultado no Monumental de Nuñez novamente teve Ganso como protagonista, com gol, dribles e sendo o principal articulador. Cenário repetido contra os venezuelanos, apesar do nível bem mais baixo apresentado pelo time.
O estilo de jogo do meia requer movimentação constante dos outros atletas. Dentro da proposta escolhida por Bauza, na qual poucas chances são criadas, Ganso conta ainda mais com a eficiência dos companheiros. Principalmente dos pontas, fundamentais no esquema do comandante.
É aí que mora outro problema: a má fase de Centurión tem contribuído para a equipe travar. Sem dar continuidade às jogadas, o argentino sequer tem levado vantagem no mano a mano, sua melhor qualidade. Lateral de origem, Carlinhos também não tem característica de velocidade para ajudar no desafogo da equipe.
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