Esportes

Análise: três meses depois, Rafael Vaz empolga e se torna absoluto no Fla

Zagueiro mostra nova postura defensiva, diminui média de gols e mantém qualidade em passes e chutes


Rafael Vaz chegou sem holofote e como incógnita no Flamengo. A disposição do clube de buscar mais zagueiros – na mesma semana que Vaz chegou, Réver foi contratado e Donatti ainda viria para ser dono do pedaço – indicava que a trajetória na Gávea poderia não ser muito diferente de São Januário. Mais de três meses e 21 partidas depois, a impressão é completamente diferente. Vaz não só é titular, como se tornou um dos melhores jogadores deste time de Zé Ricardo que disputa o título brasileiro. Fora a falha contra o Fluminense, as atuações de Vaz são praticamente irrepreensíveis. Bem nas bolas aéreas, nas antecipações, no desarme e no posicionamento, o Vaz do Flamengo também dosa mais as saídas para o ataque.

Na chegada de Vaz, um texto que escrevi parecia que falava de outro jogador. O Vaz que teve poucas chances no Vasco se destacou muito mais pela ações ofensivas do que na defesa. O jogador cometia erros de posicionamento, deixava espaços na marcação e, por vezes, se colocava mal tanto nas jogadas aéreas como nas rasteiras.

Quando o jogador chegou ao Flamengo, havia apenas dois zagueiros à disposição: os garotos Léo Duarte e Rafael Dumas – Juan se recuperava de lesão. Vaz foi titular de primeira e só perdeu esta condição em duas partidas, uma delas no jogo contra o Botafogo – 3 a 3 no estádio da Ilha da Portuguesa. Réver e Juan formaram a dupla de área na partida.

É verdade que na saída de jogo, até pela característica de arriscar passe vertical, alguns erros persistem, mas é inegável que com ele na defesa o torcedor do Flamengo hoje respira mais aliviado.

Contra o Palestino, Vaz manteve o nível das suas atuações pelo Fla. Dias antes foi decisivo para contra o Figueirense. Firme e concentrado, não só cortou e desarmou os jogadores chilenos como repetiu lançamentos perfeitos como o do gol de Arão no Pacaembu. Num dos lances, cortou o atacante Benegas para o pé direito e prescindiu da talentosa canhota para lançar Mancuello sozinho do outro lado do campo. Na sobra do escanteio, mostrou habilidade ao trocar de perna e chutar.


Deixe seu comentário


Publicidade