Esportes

Após perda da vaga olímpica, Juliana se reinventa ao lado de Taiana

Atleta prefere encerrar assunto Rio 2016 e focar no futuro após fim da parceria com Maria Elisa


Juliana Felisberta da Silva é uma das principais jogadoras do vôlei de praia brasileiro. Dona de oito títulos no Circuito Mundial, três vezes melhor do mundo na mesma competição, campeã do mundo em 2011, detentora de cinco taças do Circuito Brasileiro, medalhista olímpica de bronze em Londres 2012, fora outros inúmeros prêmios e conquistas… Mas de todos os desafios da vida e da carreira, talvez o mais complicado de superar tenha acontecido no ano passado. E fora da quadra. A morte do pai em julho de 2015 foi como um soco no peito, daqueles de fazer perder o equilíbrio e ir ao chão. A jogadora era colada em seu José, que lutava contra o Mal de Alzheimer.

Mais tarde, Juliana ainda viu a vaga olímpica escorrer pelas suas mãos como areia. Não foi por falta de esforço. Ela manteve o profissionalismo a todo momento, tanto é que, no dia da morte do pai, ainda tomada pela tristeza da notícia, precisou viajar ao Rio de Janeiro, de onde pegou um voo para o Japão para disputar o Grand Slam de Yokohama, importante na briga pela classificação para os Jogos Olímpicos.

Mas a experiência, a força e a explosão dentro de quadra da dupla formada por ela e Maria Elisa não foram suficientes para passar pelos obstáculos do Circuito Mundial, nem para superar a excelente fase e a vivacidade de Ágatha e Bárbara Seixas e a sintonia e a técnica de Larissa e Talita, que acabaram classificadas para as Olimpíadas. À atleta, restou ficar com a vaga de suplente. Segundo a jogadora, caso Ágatha ou Talita, atletas de bloqueio, se lesionem, ela se classifica para o Rio 2016 automaticamente. Se Larissa ou Bárbara se lesionarem, Maria Elisa herda o espaço. Juliana, contudo, não se ilude:

– Para mim, as Olimpíadas são uma coisa morta agora. Estou vivendo outra coisa com a Taiana, mas vou estar jogando, me preparando. Sou um soldado indo para a guerra. Dependendo do esquadrão que precisar de mim, estou dentro – falou a veterana de 32 anos.

Taiana é a nova (velha) parceira de Juliana. As duas disputaram em 2002 um Mundial sub-21 e foram campeãs. A dupla com Maria Elisa, explica ela, tinha um objetivo definido, que eram os Jogos Olímpicos.


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