Esportes

Brasileira pede justiça e aponta fraude em húngara naturalizada

Esgrima


Apenas um dia depois de a Confederação Brasileira de Esgrima (CBE) anunciar oficialmente a lista com a delegação do país que estará nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, um imbróglio movimenta a modalidade às vésperas da competição. Na última quarta-feira, a juíza Anne Karina Stipp, da 5ª Vara Federal de Curitiba, deferiu liminar que suspende a naturalização brasileira da esgrimista húngara Emese Takács, até então classificada para defender o Brasil com a equipe feminina de espada. Segundo o despacho da juíza, há “suspeita de fraude na obtenção de sua naturalização”.

O processo se sustenta em três questionamentos: o tempo mínimo necessário de permanência da atleta no Brasil, que não teria sido cumprido; a suspeita de que o casamento dela com um brasileiro seja fraudulento, enquanto mantém relacionamento público na Hungria; e o domínio do idioma, pois não entenderia e nem falaria o português.

A liminar é um dos pedidos da Ação Popular proposta pelo técnico de esgrima Giocondo Cabral, chefe e técnico da delegação do Brasil nos últimos três Jogos Pan-Americanos. A União, também ré na ação por ter concedido a naturalização, e a atleta Emese Takács têm 20 dias, a contar da última quinta-feira, para contestar a ação.

Por conta da inclusão de Emese na equipe, a brasileira Amanda Simeão ficou fora da lista divulgada pela CBE. Insatisfeita, a esgrimista, treinada por Giocondo Cabral, diz que vai atrás de justiça. Segundo ela, a húngara nunca demonstrou interesse no país e apenas se aproveitou de brechas da legislação para conseguir a naturalização e, consequentemente, a vaga nos Jogos.


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