Esportes

Chutão, Guerrero e derrota: Flamengo revê fantasmas de 2015

Time finaliza poucas vezes em jogo apagado de Arão, Cirino e Guerrero, que levou novo cartão amarelo e passou em branco no quarto clássico com o Vasco


Na rápida entrevista coletiva que deu após a derrota do Flamengo para o Vasco, o técnico Muricy Ramalho praticamente eximiu o setor defensivo da derrota em um dos últimos lances da partida. Lembrou do calor e do fim da partida em São Januário ao relativizar o erro que deixou, primeiro, Rodrigo e Marcelo Mattos sozinhos, depois, Rafael Vaz, que marcou o gol de mais uma derrota recente para o rival – os vascaínos venceram quatro dos últimos cinco clássicos. Houve ainda um empate. O gol sofrido de bola parada – com Wallace e Jorge levantando as mãos pedindo impedimento – foi o primeiro sob seu comando. Muricy privilegia este tipo de treino e os jogadores até apresentam melhoras no dia a dia nessas jogadas.

Mas a derrota no apagar das luzes em São Januário serviu – além de lembrar da recente deficiência rubro-negra nas bolas aéreas – também para recordar fantasmas de 2015 na Gávea. O gol de Rafael Vaz saiu de uma falta desnecessária do contestado Márcio Araújo em Nenê. O jogador é titular de Muricy e a partir desta semana conta com concorrência mais aberta ainda de Cuéllar, contratado recentemente, e do argentino Canteros. No lance de falta, o camisa 10 vascaíno dominou a bola de costas, no meio de campo, e o cabeça de área rubro-negro, com um tranco desnecessário, deu a oportunidade para o Vasco jogar a bola na área – na costura que terminaria com a bola nas redes de Rafael Vaz, o gol que definiu o jogo.

Com 14 finalizações no empate da estreia, nove na segunda partida e 24 na goleada do terceiro jogo, o Flamengo apresentava evolução que empolgava a torcida. O clássico com o Vasco, porém, não mostrou só dificuldades de um time em evolução, mas apresentou retrocessos no desempenho. A equipe chutou apenas quatro vezes para o gol de Martín Silva – mas não obrigou o uruguaio a usar as luvas ou os pés. Nem mesmo na cabeçada de Emerson Sheik – um dos poucos que fugiu da marcação do Vasco na partida.


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