Esportes

Cielo critica investimento da CBDA e teme futuro da natação: “Sem projeto”

Nadador pede que a verdade apareça com relação aos escândalos na entidade e isentou resultado dos atletas no Rio


A natação brasileira saiu dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro sem conquistar nenhuma medalha. Os melhores resultados foram dois quintos lugares, com João Gomes nos 100m peito e o revezamento 4x100m livre. Apesar disso, o time nacional bateu recorde de finais, chegou a oito decisões, superando as seis alcançadas em Pequim 2008. Para Cesar Cielo, maior nadador da história do país, o investimento foi feito de maneira equivocada:

“Com relação a Olimpíada, se você olhar na história é natural que o país sede coloque mais dinheiro. A gente fez isso, mas não de forma certa. Começamos a colocar dinheiro aos 45 do segundo tempo. Não teve projeto. A gente soube em 2009 que ia ser sede, e esperamos 2014 para investir. Aí não tem o que fazer. A gente precisa mudar essa política de treinamento a longo prazo, disse.
O nadador de 29 anos está sem competir desde abril, quando terminou em terceiro lugar nos 50m livre do Troféu Maria Lenk e ficou sem a vaga na Olimpíada do Rio. O campeão olímpico de 2008 não garantiu que voltará a disputar algum torneio. Deixou claro em vários momentos, porém, sua saudade de pular na piscina.

Para Cielo, a transição de gerações ainda é o maior problema da seleção brasileira. Segundo ele, os atletas dos Jogos de 2016 precisam ser os mesmos de 2020, pois ainda não há grandes nomes surgindo: “A gente teve de positivo o recorde de finais. É um grupo relativamente jovem, foi um resultado que faltou a medalha para ficar tranquilo. Mas não é tão ruim quanto parece. Não estou com a sensação que estamos no fundo do poço. A natação está em uma fase de transição, mas a nossa transição de gerações não é eficiente. Se eu decidir ir para os Jogos Olímpicos de 2020, vão ser outros franceses, os caras estão sempre se renovando”.


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