COI afirma que crise no país não afeta os Jogos Olímpicos do Rio
Nem zika nem Baía de Guanabara. Situação política e econômica do Brasil domina coletiva de imprensa na última visita da entidade antes das Olimpíadas
A crise política do país foi o principal tema da coletiva de imprensa da 10ª e última visita de inspeção ao Rio de Janeiro da Cocom – Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional -, que terminou nesta quarta-feira, em um hotel da Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. A 114 dias da cerimônia de abertura de 5 de agosto, no Maracanã, o COI garante que o atual momento do país não está atrapalhando a preparação dos Jogos. Presidente da comissão, Nawal El Moutawakel, citou a votação de domingo na Câmara dos Deputados, quando será decidida a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
– O COI é uma organização não partidária e estamos indo para frente com o nosso trabalho, apesar do ambiente complexo político e econômico. Isto não está incidindo nos Jogos, pois estamos entregando tudo no prazo. Estamos avançados em relação a muitas operações dos Jogos. E esperando pelo resultado de domingo – disse Nawal.
Questionada sobre a ameaça de convulsão social durante os Jogos por conta da crise, a dirigente marroquina preferiu apostar na força as Olimpiadas.
– O esporte é sobre solidariedade. Espero que isso prevaleça – disse.
Sobre a possibilidade de empreiteiras estarem envolvidas em esquemas de corrupção nas obras, o diretor dos Jogos, Christophe Dubi, confia na transparência do governo e da iniciativa privada.
– Estamos trabalhando no mesmo espírito do comitê organizador. Não temos nada a esconder. Transparência e governança são nossos lemas – disse Dubi
Apesar de o Engenhão e o velódromo serem as arenas que ainda preocupam, Dubi destacou vários pequenos problemas que precisam ser solucionados.
– Estamos naquela fase onde, na verdade, milhares e milhares de tarefas precisam ser entregues. Isso varia de finalizações de instalações olímpicas a acomodações. Teremos arenas temporárias, planos de transporte. Mas em cada encruzilhada tem que haver uma solução. Tudo isso tem que ser discutido entre os atores. O diabo está nos detalhes e temos que analisar todos eles – disse.
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