Esportes

Crise se instala de vez no Ypiranga; jogadores se retiram em massa

Diretoria do Clube da Torre tem tempo exíguo para reverter situação


Todos os jogadores do Ypiranga, liderados pelo zagueiro Ney Carioca, decidiram se afastar do clube, anteontem à noite, alegando falta de pagamento de salários e solidariedade ao ex gerente de futebol, Hadson Nery.

Se dentro de campo o Ypiranga Clube vem fazendo o dever de casa, podendo terminar a rodada na liderança isolada do Campeonato Estadual, os problemas de bastidores poderão se agravar caso os dirigentes não consigam reverter a decisão dos jogadores de não irem a campo no jogo de hoje, contra o Macapá, às 20h30, no estádio Zerão, pela quinta rodada do Amapazão.

O zagueiro e capitão do Clube da Torre, Nei Carioca, informou durante coletiva, na última quinta-feira, que todos os jogadores pediram rescisão de seus contratos em função da indefinição quanto aos valores dos salários que foram estabelecidos pela Evox e os apresentados pelos dirigentes do Ypiranga, que seriam muito abaixo do acertado.

O empresário Hadson Nery foi responsável pela vinda da comissão técnica e contratação dos jogadores. O ex supervisor de futebol contratou 12 atletas paraenses, três do Rio de Janeiro, um de Tocantins, dois amazonenses e um paulista. O único amapaense é o lateral-esquerdo Paulinho Mclaren , ex Paysandu.

Além dos jogadores profissionais, o técnico Leandro Rodrigues chegou a ser procurado pela Comissão Executiva do Ypiranga, que manifestou interesse pela sua permanência no comando da equipe, mas o treinador também preferiu deixar o clube.

De acordo com o dirigente José das Graças Torres, o Mata, caso os jogadores cumpram com a promessa de não ir a campo no jogo de hoje, o clube irá comunicar a CBF alegando abandono de emprego. Mata foi informado pela Assessoria Jurídica que a lei prevê, para esse tipo de caso, punição de dois a quatro anos afastado dos gramados de futebol.


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