Esportes

De contrato renovado e sem ligar para anel, Varejão diz: “Foco é a Olimpíada”

Pivô de 33 anos se apega ao passado recente para apostar num bom desempenho da seleção no Rio


Ainda não será desta vez que a novela envolvendo Anderson Varejão e o anel de campeão da NBA referente à temporada passada terá um capítulo final. Se recentemente a imprensa de Cleveland divulgou que os Cavaliers não têm a intenção em procurar o brasileiro para homenageá-lo por sua participação em 31 dos 103 jogos da campanha vitoriosa da franquia de Ohio, o vice-campeão com o Golden State Warriors tampouco parece se importar com a decisão de seu antigo time. Questionado sobre o assunto após o treino, o pivô da seleção brasileira foi econômico e direto na sua resposta.

– Meu único pensamento é a Olimpíada, meu foco no momento é a seleção brasileira, afirmou Varejão.

Mas um outra novela bem mais importante para a sequência da carreira do jogador chegou ao fim no início da noite de quinta-feira. Apesar de ter afirmado na última terça-feira que não tinha pressa em definir seu futuro, Varejão teve seu contrato renovado pelo Golden State Warriors por mais uma temporada e terá as companhias de Stephen Curry, Klay Thompson e Kevin Durant para tentar, enfim, conquistar seu primeiro título na NBA.

Poupado da atividade comandada por Rubén Magnano na quinta-feira com dores nas costas, Anderson não preocupa. Segundo o treinador argentino, a ausência do pivô, que fez um trabalho regenerativo, já estava programada. Às vésperas de sua segunda Olimpíada, o vice-campeão da NBA destaca o desempenho do Brasil nas últimas competições importantes e aposta no torcedor brasileiro como diferencial da seleção no Rio.

– É um momento bom, provamos isso nas duas últimas competições internacionais, Mundial e Olimpíada. Fomos bem, mas por questões de detalhes, ali no finalzinho, acabamos perdendo os jogos. Ficamos em sexto e quinto. Mas sabemos que jogando em casa teremos o apoio da torcida. Respeitamos todo mundo, mas sabendo que podemos ganhar de qualquer um, já provamos isso antes – afirmou o pivô.

Isso não quer dizer que Varejão esteja esquecendo dos americanos. Muito pelo contrário. Há 12 temporadas atuando no melhor basquete do planeta, o pivô de 33 anos sabe que apesar de virem ao Rio sem algumas de suas principais estrelas, como LeBron James, Chris Paul, Stephen Curry e James Harden, entre outros, os atuais campeões mundiais e olímpicos jamais deixarão de serem encarados como favoritos à medalha de ouro. Apesar das ausências de dois líderes importantes do grupo que levou o Brasil de volta à Olimpíada após 16 anos, o pivô Tiago Splitter e o ala-armador Marcelinho Machado, Varejão acredita que a maturidade adquirida nesse último ciclo olímpico coloca sua geração em condições de confirmar seu valor.


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