Depois dos atletas, jornalistas reclamam de acomodações na Vila Olímpica
Já pensou sair para um país distante para fazer a cobertura jornalística dos Jogos Olímpicos e não ter uma tomada para carregar as baterias dos seus equipamentos profissionais e pessoais?
Foi isso que aconteceu nesta semana com a mídia chinesa que chegou ao Rio de Janeiro para trabalhar na comunicação dos jogos.
Os jornalistas e outros integrantes da mídia internacional estão chegando para se acomodar na unidade de imprensa da Vila e começaram a perceber uma série de problemas nos apartamentos.
Esse das tomadas, que afetou a equipe da Xinhua News, uma emissora estatal chinesa, é apenas uma das vergonhas que a organização dos jogos do Rio de Janeiro está obrigando o Brasil a passar. Aparentemente, tudo foi feito às pressas, e ninguém passou para checar a integridade dos apartamentos antes de entregar as chaves para os ocupantes temporários.
Ao que parece, também não há mesas, espalhador de água na ducha do chuveiro e pior: nada de água em alguns lugares. Os repórteres também reclamaram que as camas estão multo mal montadas, sendo possível desabem ao menor movimento de quem dormir em cima delas.
O prédio destinado à imprensa na Vila Olímpica também é curioso pelo fato de ter sido construído sobre um antigo cemitério de escravos da era colonial, o que gerou muita polêmica. Muito perto dali, também existe uma pequena favela onde moram algumas famílias que resistiram ao despejo do governo local para a construção do complexo da Vila. Quando os Jogos terminarem, os apartamentos dos atletas e da mídia serão vendidos. Não seria mais interessante doá-los às pessoas que tiveram que ceder seu espaço para a construção?
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