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“É uma vitória do Brasil”, diz Nunes sobre a eleição de Infantino

Atual presidente da CBF e representante brasileiro na votação nega influência de Del Nero em voto no suíço


O presidente da CBF, Coronel Antonio Carlos Nunes, comemorou a eleição de Gianni Infantino para presidente da Fifa como uma vitória do Brasil. Em uma rápida entrevista ao GloboEsporte.com logo após a votação, Nunes disse ainda que a CBF “nunca cogitou” mudar seu voto para o xeque Salman Ibrahim Al-Khalifa e que Marco Polo Del Nero – presidente licenciado da CBF – não teve nenhuma influência sobre seu voto. E ficou em cima do muro sobre a Copa com 40 seleções, uma das propostas mais marcantes do novo presidente da Fifa.
O que o senhor achou da vitória do Infantino?
O importante a ser dito agora é que é uma vitória do Brasil. Esta é uma vitória do futebol brasileiro.
Por quê?
Primeiro porque o Infantino é latino (é suíço, mas com parentesco italiano), como nós, entende a nossa picardia, fala a nossa língua. E porque nós nos encontramos com ele no Paraguai, faz um mês, na reunião da Conmebol e ali acertamos que votaríamos em bloco com ele. Quando uma confederação se une, como a nossa, ninguém se mete com a gente.
A CBF nunca cogitou mudar o voto? Informações de dentro da CBF davam conta dessa possibilidade.
Nunca. Surgiram essas informações, mas a CBF nunca pensou em mudar o voto. Sempre iríamos em bloco com a Conmebol.
Marco Polo Del Nero teve alguma influência sobre o voto da CBF?
Nenhuma. Conversei muito com o Fernando Sarney (vice da CBF e representante do Brasil no Comitê Executivo da Fifa), mas nunca com o Marco Polo.
Que proposta do Infantino mais pesou para ter o voto da CBF?
Uma sobre proteger os clubes formadores. O Brasil sofre com isso, perde talentos para outros países. Vamos ficar mais protegidos.
O senhor é a favor da Copa com 40 seleções?
O futebol cresceu muito, evoluiu muito na parte comercial. Tem que ver se atende os interesses de todo mundo.
O Brasil é a favor?
Temos que estudar melhor.
O senhor visitou a Fifa pela primeira vez. Que impressões teve?
As melhores possíveis. Participei de uma reunião sobre o legado da Copa, e por coincidência o primeiro projeto que saiu do papel foi lá no Pará, eu acompanhei tudo. A situação (liberação de recursos) estava presa porque estavam esperando a eleição pra resolver. Agora os recursos vão ser liberados.


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