Esportes

Evento-teste de judô: ídolo japonês, análises e estrutura

Torneio Internacional testa sistema de resultados, tatames e serviços médicos. Pupilo de campeão olímpico e mundial ganha ouro e brasileiros levam quatro medalhas


No primeiro dia do Torneio Internacional de Judô, evento-teste para os Jogos Olímpicos Rio 2016, o Brasil conquistou quatro medalhas: duas pratas e dois bronzes. Mas esta competição é diferente, e os resultados conquistados no tatame ficam em segundo plano neste momento. Os olhos, e os esforços, da equipe do Comitê Rio 2016 estão voltados para a estrutura da competição. Na terça-feira e nesta quarta, estão sendo avaliados sistema de resultados e serviços médicos. Nesta quarta, as eliminatórias começam às 10h e as finais às 15h30. As disputas serão na categoria meio-médio (63kg no feminino e 81kg no masculino). Haverá também lutas de demonstração de judô Paralímpico.

A disputa ocorre na Arena Carioca 1 do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Uma casa emprestada. Nos Jogos, o judô ficará abrigado na Arena Carioca 2, que está no mesmo complexo. Segundo o diretor de gestão de instalações do Comitê, Gustavo Nascimento, o fato de a Arena 1 não ser o palco oficial da modalidade não prejudica as avaliações.

– A Arena 1 é um pouco maior (com 16 mil lugares) que a Arena 2 (que tem 10 mil), mas o sistema operacional e os times são os mesmos. É um teste completamente legítimo, para mostrar que nossa equipe está de acordo com a da Federação Internacional (de Judô) – afirmou.

A competição tem as mesmas placas de tatame dos Jogos Olímpicos, quando o total será de 1.500. Para o evento-teste, estão sendo utilizadas 360 nas duas áreas de combate. Se contadas também as áreas de treinamento e aquecimento, são 698 placas no total.

Uma prova para a resistência dos tatames e para a eficiência dos voluntários. Durante o evento-teste, 46 estão em ação. Durante os Jogos, o número de voluntários para o judô será de 84. Durante o Torneio Internacional, também trabalham 10 funcionários contratados.  

Cerca de 2 mil ingressos foram distribuídos para convidados assistirem às lutas dos dois dias. Aqueles que compareceram ao evento nesta terça mostraram animação e chamaram a atenção, principalmente dos atletas estrangeiros. Uma prévia do clima que se aproxima.

– Me impressionei com o público, que fez bastante barulho durante as lutas, mesmo não sendo muita gente – comentou o judoca francês Romaric Bouda, que é da equipe júnior do seu país, mas treina com a equipe principal.

Bouda tem 18 anos e não tem chances de participar dos Jogos no Rio, mas pretende realizar o sonho olímpico em 2020 ou 2024. Ele elogiou a Arena Carioca 1, que será a casa do basquete.

– Não é a maior que já competi, mas é muito bem acabada, as instalações são boas. O nível técnico estava bem alto – frisou.


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