Esportes

Família de Kevin ainda espera por renda de amistoso: “Uma armação”

Futebol Internacional


Três anos depois, a família de Kevin Douglas Beltrán Espada não só mantém a dor da perda de um garoto de 14 anos como também a indignação por não ter tido apoio das entidades envolvidas na morte do torcedor do San José, de Oruro, no já distante 20 de fevereiro de 2013.

Kevin foi atingido no rosto por um sinalizador naval durante o primeiro tempo da partida válida pela Libertadores daquele ano. O artefato foi atirado da arquibancada reservada aos corintianos.

Limbert Beltrán diz não ter recebido até hoje qualquer valor referente à renda de um amistoso entre Brasil e Bolívia, em 6 de abril daquele ano, originalmente destinado a arrecadar fundos para a família do garoto. O Corinthians, que enfrentou o San José, também não se responsabilizou pela morte.

A renda foi de aproximadamente 3 milhões de pesos bolivianos (cerca de R$ 1,7 milhão na cotação atual). Dinheiro suficiente para fazer a família de Kevin reconstruir a vida em Cochabamba, cidade onde o garoto morava.

– Não recebemos um centavo sequer da Federação ou de qualquer outra entidade. Fizeram um circo com meu filho, mas a verdade é que tudo não passou de uma armação. Estamos refazendo nossa vida sem a ajuda de ninguém, afirmou Limbert.

A situação da família de Kevin poderia ter melhorado em julho de 2015, quando dois dirigentes da Federação Boliviana de Futebol foram presos por corrupção e desvio da renda daquele jogo – o presidente Carlos Chávez e o secretário Alberto Lozada. Chávez também está envolvido no megaescândalo de corrupção que atingiu a Fifa no ano passado.


Deixe seu comentário


Publicidade