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FAQs: Diego, estádio, ST… tudo aquilo que você quer saber da grana do Flamengoo

Clube deixa de contratar por estudos da “casa própria” e vai gastar R$ 9 milhões por mês com futebol


O Flamengo contratou Diego. Um dos grandes meias revelados pelo futebol brasileiro nos últimos anos. O preço da operação assustou alguns clubes que sondavam o jogador, mas nem tanto o Rubro-Negro. A cada dia pegando menos empréstimos e com dívida menor – a previsão é de que no final deste o débito que já foi de R$ 750 milhões chegue a R$ 400 milhões, na mesma proporção da arrecadação geral do clube em 2016 -, o Flamengo da gestão Eduardo Bandeira de Mello abriu os cofres definitivamente.

Mas abrir os cofres é a expressão correta? Também. Para buscar esta e outras explicações, conversamos com o vice-presidente de planejamento do Flamengo, Pedro Paulo Pereira de Almeida. Em longo papo, o dirigente, que assumiu a pasta com a saída de Flavio Godinho para o futebol, explicou que a contratação de Diego não vai depender de nenhuma expectativa de receita para se pagar.

– Acabou essa coisa de plano mirabolante para pagar grande jogador. Não tem plano mirabolante para contratar o Diego. Temos austeridade, temos planejamento, várias receitas crescendo e, aos poucos vamos abrindo a torneira. Vamos pagar Diego e toda a folha em cima das principais receitas, que são contratos de TV, patrocínios, bilheteria e sócio torcedor – explica o vice-presidente do Flamengo, sem esconder que o clube precisa vender mais jogadores, uma das maiores fontes de receitas de outros grandes do cenário nacional.

Com entrevistas – de dirigentes a conselheiros e estudiosos das finanças do clube da Gávea -, observação de balanços e do orçamento aprovado para 2016 (que vai passar por revisão dia 1º de agosto para conselheiros do clube), a reportagem listou perguntas e as respondeu com compilados de informações para os torcedores rubro-negros. O passado recente sem notícias de salários atrasados, calotes em pagamentos e novos processos judiciais alavancam o clube.

– Fizemos contratações nessa janela porque, fazendo projeção desses investimentos, olhamos para 2016, 2017 e 2018. No caso do Diego, até 2019, porque são três anos de contrato. Temos muita segurança de que vamos pagar em dia esse elenco. Diferente de outros clubes, a proporção receita versus gastos com futebol do Flamengo chega a ser baixa. Era de 41% ano passado. Este deve aumentar para 45% – afirma Pedro de Almeida.


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