Filipinho valoriza treinos na Califórnia para estreia de gala
Medina relembra vitória na Gold Coast em 2014, elogia Toledo, Mineirinho e Fanning e festeja onda salvadora nos últimos segundos: “Estava mentalizando e sabia que ia vir”
Defensor do título na Gold Coast australiana, sua primeira conquista na elite, Filipe Toledo apostou na mescla de surfe clássico e moderno para iniciar a busca pelo bicampeonato com o pé direito. A vitória do paulista de Ubatuba sobre o potiguar Jadson André e o australiano Stuart Kennedy o colocou diretamente na terceira fase da etapa de abertura do Circuito Mundial de 2016, onde estão ainda Gabriel Medina, Italo Ferreira e Wiggolly Dantas. Atual campeão mundial, Adriano de Souza perdeu na estreia e terá de disputar a repescagem para seguir vivo na disputa. Além de Mineirinho, Jadson André, Miguel Pupo, Caio Ibelli e Alex Ribeiro também disputam a segunda fase. A próxima chamada será nesta sexta-feira, às 18h30 (horário de Brasília).
– Eu estava tranquilo de poder voltar a um lugar especial, onde eu venci no ano passado, usando as mesmas táticas. Estou aqui com o meu pai, o Bruno (Tessari), meu videomaker, numa vibe muito boa. Está tudo encaixado como deveria estar – comemorou Filipinho.
Enquanto o jovem de 20 anos brindava o público com aéreos e belas manobras, o pai e treinador, Ricardo Toledo, comemorava e passava as instruções ao filho por assobios. Seguindo o lema do futebol, “em time que está ganhando, não mexe”, Filipe levou 20 pranchas do mesmo modelo usado na conquista do ano passado. Radicado em San Clemente, na Califórnia, ele testou o equipamento em pointbreaks como Rincon, Lower Trestles, ao lado de sua casa. Assim como em Snapper Rocks, os picos são pointbreaks (fundo de pedra) que quebram para a direita.
– A semelhança é que são dois pointbreaks para a direita, ondas longas, que exigem muito da gente, das pernas e do corpo todo. Foi bom para testar as minhas pranchas também. Eu acho que se eu viesse com todas as minhas pranchas novas e testasse aqui eu não ia conseguir surfar tão bem. Foi bom para colocar as pranchas no pé, ver quais estavam funcionando e chegar bem confortável com o quiver (coleção de pranchas) certo – revelou Filipinho.
Desde 2002 no calendário do “Circuito dos Sonhos”, Gold Coast teve apenas três campeões não australianos: Toledo, Kelly Slater, tetracampeão da etapa, e Gabriel Medina, que iniciou ali a corrida pelo primeiro título mundial do Brasil no surfe. Depois do americano, os maiores vencedores são os australianos Mick Fanning, Joel Parkinson e Taj Burrow, com duas vitórias cada. Completam a lista Dean Morrison e Michael Lo, ambos com um troféu no pico.
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