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Flamenguista e louco por churrasco, holandês volta à origem pela Rio 2016

Naquele ano, o avô de Ernst foi transferido da Holanda para o Brasil. Funcionário de um banco holandês, acabou convidado a morar em São Paulo. Aceitou e dez anos depois estreitou seus laços com o país. Pieter, pai de Ernst, nasceu em 1942, na capital paulista.


Galego e com sotaque carregado. Flamenguista e apaixonado por churrasco. Sambista e executivo de uma multinacional. Uma mistura de Holanda e Brasil. Esse é Ernst Rost-Onnes, jogador da seleção brasileira de hóquei sobre a grama. A partir do dia 6 de agosto, com autorização da chefia holandesa, o zagueiro vai deixar o terno e a gravata de lado para defender as cores tupiniquins na Olimpíada do Rio 2016. Ali, em Deodoro, sede da modalidade, e vestindo a camisa da seleção, o “gringo” vai fazer girar ao contrário o relógio da vida, voltando em 1932, em São Paulo, muito antes dele nascer, mas quando sua história começou.

Naquele ano, o avô de Ernst foi transferido da Holanda para o Brasil. Funcionário de um banco holandês, acabou convidado a morar em São Paulo. Aceitou e dez anos depois estreitou seus laços com o país. Pieter, pai de Ernst, nasceu em 1942, na capital paulista. Um brasileiro com sangue holandês. Batizado e registrado, viveu na cidade até os dez anos, quando mudou-se com a família mais uma vez, agora para o Rio de Janeiro. Na então Cidade Maravilhosa, seu Pieter conheceu o Flamengo e levou a paixão na mala de volta para Amsterdã, em 1954. Em 1985, veio ao mundo Ernst, que recebeu do pai não só o fascínio por Zico, mas também o gosto pelo hóquei na grama.

– Minha mãe é holandesa, o sangue do meu pai é holandês, minha cara é holandesa, mas meu pai é brasileiro. Se ele nasceu aqui e tem a nacionalidade, eu posso ter. Eu também sou brasileiro. E sou com orgulho. É muito especial isso que estou vivendo. Defendo a seleção há quatro anos, e estar na Olimpíada é demais. É o maior campeonato do mundo.


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