Esportes

Iraniano morto no Rio perdeu perna na guerra e disputou outras modalidades

– O Bahman era um veterano de guerra. Ele foi um combatente de guerra no conflito Irã-Iraque, perdeu uma das pernas no campo de batalha, em uma mina terrestre.


O ciclista Bahman Golbarnezhad morreu aos 48 anos no Rio de Janeiro, fazendo o que mais gostava na vida, praticando esporte. Em 1988, quando tinha 20 anos de idade, Bahman perdeu a perna esquerda enquanto lutava pelo Irã na guerra contra o Iraque. A partir daí, com a deficiência, entrou para o mundo esportivo e, antes de chegar ao ciclismo e disputar dois Jogos Paralímpicos, também competiu em outras duas modalidades: a luta greco-romana e o levantamento de peso.

– O Bahman era um veterano de guerra. Ele foi um combatente de guerra no conflito Irã-Iraque, perdeu uma das pernas no campo de batalha, em uma mina terrestre. Ele escapou da morte na guerra, mas acabou perdendo a vida praticando o esporte que mais gostava. Foi uma fatalidade, uma tragédia – contou o iraniano Nasser Khazraji, adido do Comitê Paralímpico do Irã, que mora no Brasil e trabalhou com a entidade durante os Jogos.

O esporte mudou a vida de Bahman, que nasceu na cidade de Abadan, mas se mudou para Shiraz quando jovem. Três anos depois de defender o Irã na guerra, ele entrou para a luta, mas logo mudou para a prática do levantamento de peso, modalidade em que teve conquistas locais de destaque. Uma lesão no ombro, no entanto, obrigou o atleta a abandonar o halterofilismo, e a carreira dele no ciclismo teve início.


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