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Marin tenta prorrogar prazo para entregar garantias à Justiça dos EUA

Pagamento de US$ 3 milhões já teria sido feito, mas advogados tentam ganhar tempo até dia 16 deste mês para resolver questões burocráticas


A defesa do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, pediu um adiamento de dez dias no prazo previsto para entregar as garantias de que vai cumprir o acordo feito com a Justiça dos Estados Unidos. Marin tinha até a última sexta-feira, dia 6 de novembro, para pagar US$ 1 milhão em dinheiro vivo, mais US$ 2 milhões por meio de uma carta de crédito e mais o apartamento do qual é dono na 5ª Avenida, em Nova York.

Charles Stillman, advogado americano de Marin, pediu que o prazo fosse prorrogado até o dia 16. Segundo o GloboEsporte.com apurou, os pagamentos já foram feitos, e o pedido de adiamento se deu por questões burocráticas – como falta de assinatura de testemunhas em documentos, por exemplo.

José Maria Marin chegou aos EUA na última terça-feira (3 de novembro) depois de ficar 157 dias preso em Zurique, na Suíça, acusado de receber e distribuir propina num esquema de corrupção relacionado à venda de direitos de transmissão da Copa do Brasil e da Copa América.

Em audiência na Corte Federal do Brooklyn, em Nova York, Marin alegou ser inocente e fez um acordo para esperar seu julgamento em prisão domiciliar. O ex-cartola está preso em seu apartamento na Trump Tower, vigiado 24 horas por dia por um segurança que fica dentro do imóvel, monitorado por câmeras e com uma tornozeleira eletrônica com um GPS.

O governo dos EUA exigiu US$ 15 milhões como garantia de que Marin, 83, vai cumprir o acordo. Mas aceitou receber de maneira imediata um valor menor – US$ 3 milhões e mais o apartamento de Nova York, avaliado em US$ 2,75 milhões. Embora tenha passado o imóvel para o governo americano, Marin e sua mulher, Neuza, continuam morando lá.

Para eventualmente completar o valor de US$ 15 milhões, Marin e a mulher ofereceram imóveis no Brasil. Essas propriedades só serão confiscadas caso o ex-presidente da CBF não cumpra o acordo – tente fugir, por exemplo.

Marin também teve entregar seu passaporte para o FBI, a polícia federal americana. O ex-cartola é acusado de receber e repartir propinas num esquema de corrupção que envolveu uma série de outros dirigentes e executivos de empresas de marketing esportivo na América Latina. O processo corre nos EUA porque Marin e os demais usaram empresas e bancos americanos para movimentar dinheiro.


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