Esportes

Platini diz que Uefa é odiada e revela que seria eleito na Fifa

Na primeira entrevista após ser banido por oito anos, ex-presidente da Uefa afirma que há uma maquinação contra a confederação europeia e promete provar inocência


Michel Platini falou pela primeira vez desde ser banido pelo comitê de ética da Fifa de todas as atividades relacionadas ao futebol por oito anos. Em entrevista a quatro jornais em Dubai, o ex-presidente da Uefa prometeu lutar até o fim para defender sua inocência, afirmou que a confederação europeia é odiada na Fifa por não ter escândalos e revelou que tinha votos suficientes para vencer a eleição da entidade máxima do futebol.

– Certamente esta maquinação não é contra mim, mas contra a Uefa. Na Fifa, se odeia a Uefa porque é a única confederação sem escândalo – disse Platini, de acordo com o Mundo Deportivo, ao ser questionado quem estaria por trás de sua punição.

Platini não sabe se sua ideia de concorrer à presidência da Fifa pode ter influenciado no que ele chama de “maquinação”. Mas o dirigente garante que já lhe haviam prometido 150 dos 209 votos possíveis, o que seria suficiente para ganhar a eleição no primeiro turno.

– Não sei ao certo (se o escândalo não teria acontecido se não fosse candidato), mas eu tinha 100 votos escritos e 50 de palavra, e por isso se irritaram em Zurique.

Platini garante que não fez nada ilegal. De acordo com o francês, o pagamento que recebeu da Fifa foi acertado em um acordo verbal com Joseph Blatter, e ele garante que deu recibo e pagou todos os impostos previstos. Por isso, irá recorrer ao Comitê de Apelação e, se necessário, ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) e até à Justiça Comum.

– Como acho que é uma injustiça o que fizeram comigo, penso em ir até o final, até o último tribunal se for preciso para demonstrar minha inocência.


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