Esportes

Queda acaba com promessa de Eurico na volta ao poder no Vasco

Contratações em excesso, manutenção de Roth e pior desempenho como mandante explicam novo rebaixamento


Não foi uma, nem duas, nem três vezes. Na campanha para retornar a presidência e antes das duas quedas anteriores, o presidente – antes do Conselho de Beneméritos – do Vasco era taxativo: com ele no poder o Vasco nunca cairia para a Série B do futebol brasileiro.

Em 2008, saiu da presidência em agosto com o time entre os 10 primeiros da tabela. Em 2013, nova queda com Dinamite, presidente também no primeiro rebaixamento. Nas duas ocasiões, dizia que se tivesse plenos poderes no departamento de futebol conseguiria evitar a queda. De volta ao poder desde a eleição do fim de 2014, Eurico viu sua principal promessa ir pelo ralo.

Muitos fatores podem explicar a queda para a Segundona – a terceira em oito anos de um dos clubes mais tradicionais e vitoriosos do futebol brasileiro. O GloboEsporte.com lembra alguns dos pontos mais problemáticos que levaram a nau do Gigante da Colina novamente para as águas turbulentas da Segunda Divisão.

Marcinho e Dagoberto, anunciados com pompa por Eurico, deram água – um rescindiu no início do Brasileiro, outro tirou férias quatro meses antes do fim do ano.

Se em 2013 o Vasco errou muito nas contratações – algumas pesam até hoje, casos de Nei e Sandro Silva, que não fizeram 10 jogos este ano e custam caro na folha do futebol -, nem mesmo na queda há dois anos houve tantas chegadas. Foram 34 contratações este ano, onze a mais que 2013. Com direito a casos de quem não jogou ou pior: jogadores anunciados que não vieram, o caso mais famoso foi o de Léo Moura. Outro, o holandês Emanuelson, que chegou a acertar com o clube, foi elogiado pelo técnico Jorginho, mas mudou a pedida no dia seguinte à goleada para o Internacional e não veio.

Para completar, a fórmula do Carioca, com divisão de tarefas e clima frio no ar entre Eurico Brandão, filho do presidente, e Paulo Angioni, não resistiria a uma crise de resultados, de reposição de atletas e de fortalecimento do elenco.


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