Esportes

“Se não fosse o boxe, talvez não estivesse vivo”, diz Robson Conceição

– Se não fosse o boxe, acho que talvez não estivesse vivo pelo fato da violência, são muitas mortes em Salvador, e pelo fato de que brigava muito na rua. Hoje em dia ninguém mais quer brigar na rua, quer ficar tomando soco na cara. Se não fosse o boxe, talvez fosse uma história diferente.


Poucas horas depois de sair do Riocentro com a medalha de ouro no peito, Robson Conceição concedeu uma coletiva no Espaço Time Brasil, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O lutador, que tornou-se o primeiro brasileiro campeão olímpico de boxe ao bater o francês Sofiane Oumiha pelo peso-leve (até 60kg), foi aplaudido em sua chegada. Robson revelou sua gratidão à nobre arte ao dizer que, sem o esporte, talvez não estivesse vivo, afinal, era conhecido pelas brigas de rua no bairro de Boa Vista de São Caetano, em Salvador.

– Se não fosse o boxe, acho que talvez não estivesse vivo pelo fato da violência, são muitas mortes em Salvador, e pelo fato de que brigava muito na rua. Hoje em dia ninguém mais quer brigar na rua, quer ficar tomando soco na cara. Se não fosse o boxe, talvez fosse uma história diferente. Muita gente fala que o boxe é violento, mas não é. Eu era violento antes de conhecer o boxe – afirmou, lembrando que ele, assim como Rafaela Silva, que conquistou o ouro no judô, são oriundos de projetos sociais para jovens de comunidades carentes.

Robson se posicionou contra a redução da maioridade penal, quando questionado sobre o tema.

– Assim como a Rafaela, vim de comunidade humilde, em projetos sociais, então não acho justo punir crianças. Acho que deveria ser totalmente diferente, deveriam investir mais nos projetos sociais e fazer as crianças e adolescentes praticarem esportes.


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