Esportes

Treino sozinho, mesma renda e volta à faculdade: a versão 2017 de Felipe Wu

Medalhista de prata na Rio 2016 não conseguiu novos patrocinadores e retomou os estudos em Engenharia Aeroespacial pensando no futuro


Conquistar a primeira medalha do Brasil na Rio 2016 e quebrar um jejum 96 sem pódio olímpico no tiro esportivo parecia o bastante para mudar a vida de Felipe Wu. A prata de fato trouxe muita visibilidade ao atleta, mas o reconhecimento do público e da mídia não se transformou em uma melhor estrutura ou novos patrocínios. Pelo contrário. Passada a Olimpíada, o atleta de 24 anos voltou a treinar sozinho no Hebraica, sem a orientação de um técnico, e segue com apenas uma arma para competir. Assim, retomou a faculdade de Engenharia Aeroespacial, já vislumbrando uma carreira paralela no futuro.
Depois de subir ao pódio nos Jogos, Wu foi procurado por um fabricante de munições de armas de fogo. Mas as conversas iniciais não avançaram depois do evento. O paulista tem apenas o apoio de uma fabricante de chumbinho e do Exército, do qual é atleta desde 2013, além de receber o Bolsa Pódio, benefício do governo federal, por ser medalhista olímpico – desde junho do ano passado ele já se enquadrava na mesma categoria por ter alcançado a liderança do ranking mundial na pistola de ar (10m).
A principal mudança na estrutura de treinos de Wu foi a saída do técnico colombiano Bernardo Tobar, que passou apenas um ano vinculado à Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE). Apesar do pouco tempo de trabalho, o treinador foi muito elogiado. Para Wu, as pequenas nuances apontadas por Tobar o ajudaram muito na reta final da preparação olímpica.


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