Zé Ricardo ganha casca com pressão e críticas: “Bagagem para o futuro”
Treinador admite aprender a lidar com avaliações externas e reconhece que iniciar num clube grande requer amadurecimento
Zé Ricardo completou nesta sexta-feira três meses do primeiro dia de trabalho frente à equipe profissional do Flamengo. Claro, há o que comemorar. A equipe faz campanha consistente e está em terceiro lugar no Brasileiro a apenas três pontos da liderança. Mas ele sabe que é apenas o início. O sinal disso é que ainda não se acostumou à pressão e às críticas, seja de torcedores, imprensa e outros personagens que compõem o ambiente do futebol. O exemplo recente foi a derrota por 4 a 2 para o Figueirense, na última quarta-feira, pela Copa Sul-Americana. Neste sábado, contra a Chapecoense, ele fecha, de forma simbólica, um turno do Brasileirão pelo Rubro-Negro, já que na rodada seguinte o compromisso será contra a Ponte Preta, que foi seu adversário de estreia, em 29 de maio.
Primeiro interino, agora efetivado, Zé Ricardo ainda experimenta novidades em diferentes aspectos dessa experiência. Isso inclui críticas, elogios e o fato de lidar com atletas profissionais, muitos já consagrados, e não mais com jovens das categorias de base, em formação. No bate-papo com o GloboEsporte.com, o treinador admitiu que o fato de iniciar a carreira num clube grande como o Flamengo também ajuda a compor esse mundo onde tudo ganha uma nova e grande dimensão.
– Tenho que ganhar experiência o quanto antes. Tudo isso está me servindo de bagagem para o futuro, e espero ter tranquilidade para seguir com o trabalho, disse.
Em apenas três meses como treinador profissional, já conseguiu se acostumar à pressão e às críticas?
É do ser humano sentir as críticas. Sabemos que muitas delas são para ajudar, mas outras são de forma gratuita e incomodam um pouco. É um exercício. A gente sabe da grandeza do Flamengo, da multidão que é alcançada em cada jogo, e a gente sabe que não vai agradar a todos. Procuro estar um pouco alheio para não ficar incomodado, mas sou ser humano, e algumas vezes incomoda, sim.
Acredita que o fato de ainda não ter se acostumado tem a ver com ter iniciado a carreira profissional logo num clube do tamanho do Flamengo?
Não é algo normal. São poucos os exemplos, aqui e até fora do Brasil, de um treinador que começa a carreira profissional num clube da dimensão do Flamengo. Já que apareceu a oportunidade, tenho que ganhar experiência.
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