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Cento e quarenta e sete pessoas são pretendentes à adoção no Amapá

De acordo com o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), muitas são as crianças acima dos nove anos que aguardam pela oportunidade de encontrar um lar. Nazaré e Domingos Amorim, ambos de 59 anos, adotaram recentemente um casal de irmãos, a menina com nove anos e o menino com dez. O casal teve dois filhos biológicos. Em visita à Casa da Hospitalidade em Santana, eles decidiram por fazer a adoção.


Dos 35.727 pretendentes à adoção no Brasil, segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), 1.172 estão na região Norte e 147 deles no Amapá, na fila aguardando por um filho. Em todo o país, apenas 312 pretendentes aceitam crianças com até 9 anos de idade, representando o baixo percentual de 0.87%.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), muitas são as crianças acima dos nove anos que aguardam pela oportunidade de encontrar um lar. Nazaré e Domingos Amorim, ambos de 59 anos, adotaram recentemente um casal de irmãos, a menina com nove anos e o menino com dez. O casal teve dois filhos biológicos. Em visita à Casa da Hospitalidade em Santana, eles decidiram por fazer a adoção.

A família sempre teve o desejo de ter uma menina, e a adoção era uma opção. Ao chegar ao abrigo, o casal soube que havia uma menina disponível para adoção, e para a sua surpresa ela possuía também um irmãozinho.

“Resolvi conhecê-los sem qualquer certeza de adoção e no momento em que tive o primeiro contato com eles, logo me encantei e decidi que queria ser a mãe deles. Hoje a Lorrane tem nove anos e o Andrey tem dez, eles são nossos amores, membros da família e muito amados”, afirma Nazaré.

Ela e o marido se inscreveram no Cadastro Nacional de Adoção e procuraram a Vara da Infância e Juventude de Santana, e após oito meses de convivência com as crianças conseguiram a guarda definitiva deles.

Pessoas solteiras também podem se candidatar a adoção, esse é o caso de José Augusto Marques que sequer pensava em adotar, possuía uma vida comum de solteiro. Mas um amigo que era voluntário na Casa da Hospitalidade lhe falou sobre um menino, o Marrone de 13 anos, que ele deveria conhecer. Eles se conheceram, uma amizade sincera nasceu e um vínculo de amor, e quando soube que o jovem possuía um irmão, Bruno, de 11 anos, José não teve dúvidas, adotaria os dois.

O processo foi seguro e gradativo, José apadrinhou os meninos e em janeiro de 2014 solicitou judicialmente a guarda provisória das crianças, e no mês seguinte a guarda foi concedida. Desde então os três passaram a viver juntos, com a confirmação da guarda definitiva em fevereiro de 2016.

“Nosso processo foi muito tranquilo e natural. Eu os conheci e nos identificamos, os laços afetivos foram criados durante todo o processo e hoje somos uma família”, conta José Augusto Marques, emocionado. Ele ainda ressalta que sempre aconselha as pessoas a conhecerem um abrigo, mesmo sem pretensões, apenas para se ambientar. A adoção deve acontecer naturalmente sempre que encontrar uma criança com quem crie um laço afetivo verdadeiro e sólido.

A presidente da Sociedade Amapaense de Apoio à Adoção (SAAD), Cássia Navarro, explica que o importante aos olhos da Justiça é sempre o melhor interesse das crianças e seu vinculo afetivo construído no lar adotivo, não a questão biológica. Portanto trata-se de um processo seguro e quando finalizado, é definitivo. A Justiça do Amapá incentiva a adoção de todas as crianças que necessitam de um lar, sem distinção de etnia, idade ou sexo.


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