Confraria Tucuju não festejará aniversário de Macapá
Pelo segundo ano consecutivo, a Confraria Tucuju não realizará a tradicional festa de aniversário de Macapá, que neste ano completa 258 anos.
Foram 18 anos seguidos de festejos e homenagens, onde pioneiros, costumes, fé e a história de Macapá ganhavam destaque no centro histórico da cidade, atrás da Igreja São José. A presidente da instituição, Telma Duarte, explica que o motivo da não realização da programação é a falta de recursos próprios e de investimento de setores públicos e privado, em função da crise nacional.
Desde 1997, a Confraria realiza a programação, que começou com um bolo e parabéns, na frente da igreja, primeira edificação de Macapá. Com o passar dos anos, a população começou a participar mais, e se tornou uma grande festa com a missa especial de aniversário, encontro das bandeiras de marabaixo, que marca o encontro das famílias que morava no centro, corte e distribuição do bolo, hasteamento das bandeiras, almoço dos pioneiros, distribuição de feijoada para a população e apresentações culturais.
“Sempre nos empenhamos para fazer uma festa para todos, com programação diversificada para todas as idades, as famílias pioneiras eram homenageadas, a missa emocionava os presentes, com shows artísticos, samba e muito marabaixo e batuque. A programação tem custos, nenhum profissional trabalha de graça, temos a missa, as refeições, bolo, fogos e toda estrutura de palco e segurança. Estes trabalhadores esperam a festa para ganhar um pagamento extra. Sem recursos é inviável realizar a programação”, disse Telma Duarte.
A presidente lamenta que Macapá e seus moradores fiquem novamente sem a programação. “No ano passado fizemos somente a missa e o Encontro das Bandeiras, com recursos particulares, meu e de amigos. Tentamos viabilizar recursos, enviamos documentos pedindo apoio, mas infelizmente não tivemos respostas positivas. A PMM conseguiu aportar recursos somente para apoiar a Batalha de Confetes, que será neste domingo (31)”.
Ela ressalta que a Confraria continua trabalhando em prol de seus objetivos, de resgatar e valorizar a memória e história de Macapá e dos pioneiros. “Continuamos em ação, mas os eventos culturais foram interrompidas, porque a única receita da instituição é o pagamento de mensalidades pelos sócios, os projetos eram fomentados via Governo Federal, Estadual e Municipal, mas vamos esperar um novo momento de um Brasil com menos crises, para voltarmos com os projetos de cultura no Largo dos Inocentes”.
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