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Fórum encerra comemorações pelo Mês da Mulher

A palestrante Dalva Figueiredo, secretária municipal de Educação, ex-deputada federal e ex-governadora do Amapá, tendo sido a primeira mulher a comandar o Poder Executivo Estadual, falou sobre a importância da independência do gênero feminino e as conquistas que já foram alcançadas. “Antigamente, tínhamos por obrigação, inclusive, adotar o sobrenome do esposo e, durante séculos, escolhiam até quem seria esse esposo. Hoje, temos que ser donas de nossas próprias escolhas, de nosso corpo, de nossos ideais, seja em que idade for”.


O IV dia do Fórum Municipal de Mulheres Gestoras, realizado no auditório do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE/AP), encerrou as comemorações alusivas ao mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. Sob o tema “A mulher na gestão e na política”, mulheres atuantes levaram suas experiências como gestoras num universo predominantemente masculino, sob todos os contextos. A afirmação da identidade e a marcação da diferença deram a tônica aos debates. Os rótulos construídos ao longo do tempo pela forma predominante de atuação masculina na política e na sociedade foram analisados por meio de quem são as mulheres da atualidade e como pensam.

A palestrante Dalva Figueiredo, secretária municipal de Educação, ex-deputada federal e ex-governadora do Amapá, tendo sido a primeira mulher a comandar o Poder Executivo Estadual, falou sobre a importância da independência do gênero feminino e as conquistas que já foram alcançadas. “Antigamente, tínhamos por obrigação, inclusive, adotar o sobrenome do esposo e, durante séculos, escolhiam até quem seria esse esposo. Hoje, temos que ser donas de nossas próprias escolhas, de nosso corpo, de nossos ideais, seja em que idade for”.

Mesmo enfrentando diversos estigmas, as mulheres vêm ocupando, paulatinamente, seus espaços na política e no poder, e são essas leituras do papel fundamental da mulher no panorama social, econômico e político que irão refletir em uma participação mais efetiva em todas as áreas. “Atuar na gestão pública é algo novo e ainda estamos nos consolidando, já que durante séculos fomos um ‘objeto doméstico'” disse a coordenadora municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Celisa Melo.

Segundo ela, a mulher precisa estar organizada porque os desafios são diários e as diferenças, tão discutidas, são um importante instrumento na sociedade.  “Somos exemplo de resistência; sobrevivemos e mantivemos uma sociedade em movimento ao longo da história. Temos que ter orgulho disso e fazer como mulheres, atuar como mulheres e não querer se igualar aos homens”. A secretária de Governo, Márcia Correa, uma das debatedoras, deu destaque para a intolerância com assédios que muitas mulheres são obrigadas a aceitar no cotidiano. “Já passei por situações que me sinto constrangida até em comentar. Não temos que ser tolerantes com piadas de mau gosto e assédios de nenhum tipo dentro de um comportamento machista que a maioria d os homens têm”.

A representatividade das mulheres na gestão municipal é destaque em todos os escalões. Além de Dalva Figueiredo na Educação e Celisa Melo na CMPPM, Ariane Luna na Coordenadoria de Acessibilidade, Márcia Correa, na Segov e ainda em cargos tradicionalmente ocupados por homens com Suely Collares, no Desenvolvimento Econômico e Silvana Vedovelli, na Saúde, demonstra a influência do gênero feminino nas ações de governo.

Para o prefeito Clécio Luís, isso significa que ano a ano estamos saindo das reflexões e caminhando para ações mais rotineiras da condição feminina no poder. “Encontros como esse despertam uma consciência crítica. Os espaços de poder são uma representação da nossa composição societária e, nada mais natural, que deva haver uma representatividade que valorize a presença das mulheres na gestão. Nosso desafio é oportunizar esses espaços e aprender com elas. Temos um governo progressista, plural e fico feliz em ver mulheres atuando como técnicas, dirigentes e gestoras que são”.

O grupo de Marabaixo das idosas da Semast e o grupo Poesia na Boca da Noite participaram do fórum que marcou um momento de discussão para a consciência cada vez maior, da presença da mulher como instrumento de mudanças e transformações na sociedade como um todo.


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