Juiz Adão Carvalho diz que minirreforma acaba com ‘roubalheira’ em campanhas
Titular da 2ª Zona Eleitoral afirma que nova legislação permite que eleições sejam disputadas por candidatos em igualdade de condições, e pede o fim da compra de votos
Entrevistado na manhã deste sábado no programa Togas&Becas (DiárioFM 90.9), apresentado pelos advogados Wagner Gomes e Evaldy Mota, o juiz de direito titular da 2ª Zona Eleitoral, Adão Carvalho, afirmou que as mudanças introduzidas na legislação através da minirreforma política pode acabar de vez com a desigualdade na disputa e garante aos candidatos, partidos e coligações disputas em igualdade de condições, diminuindo de forma impactante o poder econômico nas eleições.
“Faremos uma reunião na próxima terça-feira, dia 9, com todos os partidos, candidatos, militantes e a imprensa para conversar e esclarecermos dúvidas no que diz respeito ao funcionamento efetivo de todo esse processo em função das estupendas mudanças introduzidas pela minirreforma eleitoral, mudanças essas a que todos devem estar atentos, porque as vedações impõem pesadas multas, que variam entre R$ 5 mil e R$ 25 mil. Além disso, é importante ressaltar que a lei dá um passo muito importante, decisivo, para se acabar de vez com essa roubalheira, essa corrupção que a Operação Lava Jato descortinou, e viabiliza a igualdade nas disputas com o fim do financiamento de pessoas jurídicas”, analisou.
Para o magistrado, é necessário que a população se conscientize da importância do voto consciente para que sejam eleitos candidatos comprometidos com o coletivo: “É preciso que a população se conscientize da necessidade de votar de forma consciente em candidatos comprometidos com o coletivo; as pessoas têm que parar com essa compra e venda de votos; e a imposição de limite para doações tem esse condão, porque agora só as pessoas físicas podem doar, e assim mesmo em valor equivalente e até 10% dos vencimentos declarados no Imposto de Renda no ano anterior, e partidos e candidatos têm apenas três dias para divulgar pela internet o CPF de quem doou, quanto recebeu e o que fez com o dinheiro; é uma mudança radical e positiva, porque além de inviabilizar o abuso do poder econômico, permite aos candidatos fiscalizarem uns aos outros e disputar o pleito em condições de igualdade”, pontuou.
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