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Onda de calor pode fazer temperatura bater novos recordes no Brasil

Centro-Oeste é a região que deve ser mais afetada, conforme alerta do Instituto Nacional de Meteorologia


O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para a chegada de uma onda de calor em praticamente todo o Brasil ao longo desta semana. O Centro-Oeste é a região que deve ser mais afetada.

O aviso meteorológico especial de nível laranja, que indica perigo, foi emitido na segunda-feira (18), sendo válido até sexta-feira (22).

“Situação perigosa”

Na classificação, o alerta significa “situação meteorológica perigosa” e é emitido quando as temperaturas ficam acima da média histórica (climatologia) para a região por períodos de três a cinco dias consecutivos.

Na última semana do inverno, uma onda excepcional de calor vai se alastrar por inúmeros estados no Brasil. Segundo previsão do Inmet, os termômetros devem se aproximar dos 40ºC e, em algumas regiões, é possível que a temperatura chegue até os 45ºC.

A massa de ar quente ficará concentrada entre o Paraguai e o Centro-Oeste brasileiro. Por isso, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registrarão as maiores temperaturas no período. A estimativa é de que os termômetros marquem de 40°C a 45°C nas regiões. Isso porque a atuação de um bloqueio atmosférico impedirá a chegada de frentes frias nos próximos dias, comuns para o período.

O instituto também prevê tempo quente e seco em praticamente toda a semana no Centro-Oeste. Segundo previsão do ClimaTempo, nos próximos 15 dias, Brasília deve permanecer com o tempo seco, com algumas chuvas isoladas.

As temperaturas podem variar entre 19°C e 31°C, com umidade do ar variando de 26% até 57%.

Por que está tão quente?

As ondas de calor são provocadas quando um sistema de alta pressão atmosférica se instala em uma determinada região e impede a circulação de uma massa de ar quente, que fica ali, parada.

O ar aprisionado, porém, continua sendo aquecido, o que provoca o aumento anormal das temperaturas nas áreas afetadas. No meio urbano, as temperaturas são ainda maiores.

Quase 45ºC

A temperatura mais alta registrada oficialmente até hoje no Brasil foi de 44,8°C em Nova Maringá, Mato Grosso, em 4 e 5 de novembro de 2020, superando o recorde também oficial de Bom Jesus, no Piauí, de 2005, de 44,7°C.

A onda de calor extremo desta semana deve trazer novos recordes, segundo meteorologistas do MetSul. A cidade de São Paulo é um exemplo.

“Serão muitos dias de calor intenso a extremo no estado de São Paulo. Em alguns, a temperatura ficará perto ou acima de 40ºC no interior e na capital há chance de marcas tão altas quanto 37ºC a 39ºC. Assim, não se pode descartar que a cidade de São Paulo e outras cidades paulistas tenham recordes históricos de máximas não apenas para setembro como absolutos para toda a série histórica”, diz comunicado da MetSul.

O dia mais quente já registrado na cidade de São Paulo em um mês de setembro, desde o começo do levantamento de dados, em 1943, foi de 37,1ºC, em 30 de setembro de 2020.

Outros dias de calor muito intenso na série da estação do Mirante de Santana, estação do Inmet na zona norte da cidade, incluem os registros de 37ºC em 20 de janeiro de 1999, 36,7ºC em 19 de janeiro de 1999 e também 36,7ºC em 21 de janeiro de 1999.

Orientações

A chegada da onda de calor e baixas umidades exigem da população cuidados com a saúde. A Defesa Civil do Distrito Federal listou uma série de situações que podem ajudar: ingerir bastante líquido, usar protetor solar, evitar fazer exercício físico entre 10h e 16h. Crianças e idosos devem ter atenção redobrada.

O choque de calor é outro risco. É causada pelo superaquecimento do corpo, geralmente como resultado de exposição prolongada ou esforço físico em altas temperaturas. As consequências são insolação e requer tratamento de emergência.

“A insolação grave ou choque de calor não tratados pode danificar rapidamente o cérebro, o coração, os rins e os músculos. O dano piora à medida que o tratamento é adiado, aumentando o risco de complicações graves ou morte”, orienta a Defesa Civil.

 

Por Leonardo Ribbeiro da CNN


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