PF investiga fraudes de R$ 10 mi em seguro defeso no Pará
Nesta etapa, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e três mandados de condução coercitiva, expedidos pela Quarta da Vara da Seção Judiciária Federal em Belém.
Paulo Silva
Da Editoria
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram hoje (23/4) a segunda fase da Operação História de Pescador, para apurar a articulação de uma organização criminosa envolvida em supostas ações de estelionato na Superintendência da Pesca no Estado do Pará, órgão que, à época dos fatos, era vinculado ao extinto Ministério da Pesca e Agricultura.
Esta segunda fase da operação é decorrente da continuação das investigações e baseou-se no Relatório de demandas Especiais da Controladoria-Geral da União – CGU. Ele foi apresentado após conclusão de auditoria iniciada depois da execução da primeira fase da Operação História de Pescador, em 18 de maio de 2016.
Essa fase tinha como objetivo aferir a regularidade administrativa das inclusões, alterações e supressões promovidas no período de 15/02/2016 a 14/03/2016, no sistema informatizado do registro geral da atividade pesqueira e em outros sistemas correlatos.
A primeira fase da investigação apontou que, em apenas um mês, aproximadamente cinco pessoas, em tese sem vínculo no órgão, teriam efetuado quase 5.100 inclusões de cadastro de pescadores no sistema informatizado do Ministério da Pesca e Agricultura, número considerado elevado para a rotina da administração pública.
Naquela ocasião os números indicavam que grande parcela desses cadastrados não possuíam a qualificação necessária para obter o seguro defeso e estimava-se que a fraude teria movimentado cerca de R$ 10 milhões.
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