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Técnicos e pesquisadores investigam causas do fim da pororoca

Expedição quer descobrir o que provocou o fim do fenômeno no Rio Araguari.


Uma expedição composta por técnicos e pesquisadores de vários órgãos ambientais do Amapá está na Região do Araguari. O objetivo do grupo é investigar as causas que provocaram o fim da pororoca, fenômeno que não acontece há dois anos. A equipe é formada por técnicos e pesquisadores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Estado do Amapá (Imap), Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), além do acompanhamento do Corpo de Bombeiros e Secretaria de Estado da Comunicação (Secom).

As primeiras análises registram indícios históricos em um período de 20 anos, que identificam diversas ações antrópicas (interferência do homem) que podem ter contribuído para o cerceamento do fenômeno até o sumiço total. Com a expedição em curso, ocorrerá um processo de coleta de dados sobre os impactos sofridos pelo Rio Araguari, visando apresentar medidas para a diminuição dos mesmos, já que se mostraram mais tangíveis nos últimos meses e estão forçando a mudança fisiográfica destas regiões.
Inicialmente, os trabalhos se concentram na cobertura do primeiro impacto da hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, em Ferreira Gomes. Posteriormente, a expedição segue até o Rio Gurijuba, onde foram identificados três desvios do leito do rio.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Marcelo Creão, o ponto principal, além de estudar as causas, é apontar os verdadeiros responsáveis, para, assim, realizar as cobranças legais. “Já estamos planejando mais duas expedições, previstas para o final de setembro e final de março do ano que vem, períodos mais propícios para os estudos técnicos e científicos”.

ambém serão avaliados o volume de empreendimentos na bacia do Araguari, o histórico dos acidentes ambientais, a realização do georreferenciamento, o desenvolvimento de perfis de solo e identificação do não cumprimento dos limites de retirada de vegetação ciliar. A Expedição Técnico-Científica no Rio Araguari retorna à capital no sábado, 1 de agosto. Antes da próxima viagem, será divulgado um relatório preliminar sobre a primeira expedição.


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