Nota 10

1° Feira da Literatura Afro-amapaense é lançada em Macapá

Encontro reuniu autores, poetas, poetisas e artesãs de Macapá


 

Quando morre um griô, morre uma enciclopédia, uma biblioteca viva de conhecimento histórico e cultural. E o resgate desse conhecimento oral é um dos pilares da 1° Feira da Literatura Afro-amapaense lançada nesta quinta-feira (9), pela Prefeitura de Macapá, no Centro de Cultura Negra do Amapá Raimunda de Nazaré da Silva Ramos.

 

Para o autor Ivaldo Souza, que representou os escritores no evento, através da literatura é possível reforçar a autoestima e subjetividade do negro.

 

 

“Se você abrir qualquer livro aqui, a temática dele é educativa. Porque essa é a nossa função, combater o preconceito e buscar a igualdade racial”, conta o autor.

 

Conhecida como “Cotinha”, a artesã de acessórios afro-amapaenses Raimunda Coutinho, conta com empolgação sobre o convite para participar da 1° Feira da Literatura Afro-amapaense.

 

 

“Traz muito orgulho poder representar a todos nós através da nossa arte, da nossa identidade e é claro, tendo a oportunidade de vender muito!”.

 

A base da literatura são as vivências de um povo e no caso de escritores, artistas e compositores afro-amapaenses, essas produções também ganham tom de resistência e tomada de consciência, é o conta o Diretor-Presidente do Instituto Municipal de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Improir), Padre Paulo Roberto.

 

 

“Escrever é resistir, pois é através da literatura que que qualquer barreira pode ser rompida e toda liberdade conquistada”, afirma.

 

A 1° Feira da Literatura Afro-amapaense acontece no dia 24 de maio e vai reunir 21 autores para exposição e venda de suas obras, na Praça Santuário Nossa Senhora de Fátima, bairro Santa Rita. O encontro contará com apresentações culturais, rodas de conversas, além de exposição e venda de artesanato afro.

 

 

A mostra de trabalhos de escritores, poetas e poetisas negros da literatura local, promete compartilhar a sabedoria ancestral dos griôs, termo que reconhece a transmissão oral dos seus saberes e fazeres de um povo, referências para a escrita afro-amapaense.

 


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