Amapá terá um espaço para salvaguardar o patrimônio arqueológico brasileiro
Abrigo definitivo para mais de 100 mil peças arqueológicas.
Uma das maiores reservas técnicas de arqueologia amazônica passará por modificações. Trata-se da Reserva Técnica do Núcleo de Pesquisa Arqueológica (NuPArq), que servirá de abrigo definitivo para vestígios de 58 sítios arqueológicos do Amapá, totalizando mais de 100 mil artefatos. Segundo o Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), que mantém a reserva, as obras devem ser concluídas no segundo semestre de 2017.
Com a reforma, o espaço ganhará 70m² e receberá melhorias como troca de mobiliário e de iluminação, além da instalação de desumidificadores, aparelhos que servem para diminuir a umidade do ambiente. Todos esses reparos irão garantir a segurança dos vestígios.
“Essa obra é um passo importante na salvaguarda das coleções arqueológicas do Iepa, garantindo não só a proteção, como também a melhor gestão desse patrimônio”, afirma o arqueólogo do Iepa, Lucio Costa Leite.
No local é possível encontrar urnas funerárias indígenas, matérias de pedra lascada, machados de pedra polida, contas de vidro e ossos, garrafas do período colonial, louças do século 18, entre muitos outros materiais escavados durante as pesquisas realizadas pelo Iepa.
Nos últimos 10 anos, a reserva passou por diversas transformações, ganhando um espaço próprio de 150m². Com a ampliação sua capacidade de reserva de materiais arqueológicos vai aumentar em quase 50%. “Iremos contribuir com as ações de preservação da memória e do patrimônio cultural brasileiro. Trata-se de um patrimônio inestimável que conta a história de aproximadamente 5 mil anos de ocupação de nosso território”, ressalta o diretor do Iepa, Wagner Costa.
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