“Antes de tudo, o pastorado é uma vocação”, diz Kelson Abraão
Em todo o Brasil, no segundo domingo de junho, é celebrado o Dia do Pastor
Elen Costa
Da Redação
Há quase sete décadas, igrejas protestantes de todo Brasil celebram no segundo domingo de junho o Dia do Pastor.
A data, que visa homenagear, honrar e reconhecer a atuação dos líderes espirituais em suas comunidades locais, surgiu em 1955 com uma publicação do Jornal Batista que solicitou às comunidades recursos para serem destinados aos líderes cristãos aposentados.
O dia, que antes era denominado Dia da Junta da Beneficência, anos depois passou a ser chamado Dia do Pastor, visto que os contemplados pela assistência eram pastores aposentados que precisavam de complementação da renda.
Hoje, a data não é voltada para a arrecadação de ofertas, mas sim para homenagens aos pastores que lideram igrejas nos quatro cantos do país.
O líder cristão tem um grande desafio nas mãos, que é discipular, ensinar, aconselhar e até mesmo advertir os fiéis que estão sob a responsabilidade espiritual dele.
Kelson Abraão Almeida, pastor sênior da Comunidade Evangélica Reviver, em Macapá, há 26 anos, conversou com a reportagem do Diário do Amapá.
Em um breve bate papo, Kelson, que também é escritor, palestrante na área de Espiritualidade Humana e membro da Academia Amapaense de Letras Evangélicas, falou o sobre o trabalho pastoral.
“Existe uma formação, mas antes de tudo o pastorado é uma vocação, que nós consideramos um chamado divino. Ser pastor não é um atributo conquistado por esforços humanos, e sim uma convocação para edificar a igreja de Jesus por meio do serviço e da liderança”, disse.
A função de um pastor é múltipla. Ela vai desde um orientador espiritual a um conselheiro familiar.
Existem, ainda, os riscos enfrentados pelos lideres ministeriais, que incluem pressão, violência e até mesmo morte por fé a Jesus. Muitos já foram presos e torturados por falar do Amor de Cristo e por se reunirem com outros cristãos.
Kelson Abraão, que é casado com a também pastora Luane Almeida, e é pai de Lucas Abrahão, Abrahão Yochai e Abrahão Davih, relembrou seu início na caminhada com Cristo.
“Há quarenta anos, eu precisei pedir a demissão do meu emprego, abri mão da minha carreira profissional, pois a vocação havia aflorado, realmente, em mim, e eu decidi me dedicar a esse chamado. Meus pais tinham um sonho pra mim, mas eu resolvi obedecer o chamado de Deus”, lembrou.
O pastor de uma igreja é aquele que sempre chega primeiro e sai por último do templo. Ele é aquele que pode ver e participar ativamente da obra de Deus em todo o mundo.
“É um privilégio poder andar, caminhar com pessoas, andar junto com elas, se relacionar, estar em comunhão, partilhar a vida com outras vidas, em busca de um único propósito, que é Cristo”, enfatizou o pastor sênior da Reviver.
Livros
Keslon Abraão escreveu três livros sobre os personagens da Bíblia e seus relacionamentos com Deus.
No primeiro deles, ‘A saúde do sucesso’, fala sobre a história de José do Egito. De como chegar ao topo sem perder princípios, valores e sem perder a sua saúde emocional.
O segundo fala sobre a vida de Moisés. ‘A tenda’ é uma espécie de devocional e relata sobre o tempo em que Moisés falava com Deus, a sós, no deserto.
O terceiro e último é ‘Adoração e perdão’, onde relata a história da ex-prostituta que derramou um vidro de perfume aos pés de Jesus.
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