Artistas plásticos comemoram ‘Dia’ com festa na Rádio Difusora
Apesar da programação, consagrado Herivelto Maciel diz que categoria não tem nada para festejar, nem mesmo sequer uma pinacoteca.
Herivelto Maciel revelou, na manhã desta segunda-feira, 8 de maio, no programa LuizMeloEntrevista (Rádio Diário FM 90,9), que os artistas plásticos amapaenses não têm nada para festejar, nesta data, ‘Dia do Artista Plástico’.
Atualmente com quatro exposições em Macapá, paradoxalmente o artista plástico, um dos mais expressivos do Amapá, disse que na cidade não há local para mostras de obras de arte, sequer uma pinacoteca, e que a categoria tem de ficar pedindo favores de comerciantes, em bancos e outros estabelecimentos para apresentar os seus trabalhos, tendo que pagar por isso. “Até nas praças não podemos trabalhar, porque quando estamos lá vem um engraçadinho dizer que aquilo é ilegal”, lamentou o artista.
Herivelto Maciel chegou até a falar em tom de gozação sobre a galeria ‘Trokkal’, erigida na praça Francisco Xavier da Veiga Cabral, o ‘Cabralzinho’. Em virtude do espaço ser minúsculo para ostentar o nome de galeria, o artista plástico disse o seguinte: “Para quem ver de fora, aquilo é um banheiro público, não uma galeria”.
Participando do programa radiofônico, pelo telefone, o secretário municipal de assuntos extraordinários, Evandro Milhomen, antecipou que uma pinacoteca está sendo construída na Universidade Federal do Amapá (Unifap). Milhomen esclareceu que a pinacoteca é produto de emenda parlamentar dele, quando foi deputado federal.
Com espaço ou não para o artista plástico amapaense expor, Herivelto está com mostras no shopping Vila Nova, no shopping Independência, Biblioteca Pública ‘Elcy Lacerda’ e hoje abre outra na Rádio Difusora como parte da programação em homenagem ao Dia do Artista Plástico.
A programação na Rádio Difusora consta de feijoada, atrações musicais, a exposição de Herivelto Maciel e uma multiprodução de grande tela com a participação de todos os pintores presentes no evento e amadores da arte.
A tela gigante marca o lançamento do movimento ‘Arte como pano de fundo’, integrado por artistas ainda desconhecidos do grande público, mas já presente em exposições itinerantes em praças e outros logradouros da capital, principalmente na periferia.
A diretora da Biblioteca Pública, Leila Castro, informa que a instituição, além do seu papel de incentivar e divulgar a leitura, agora presta serviço cultural, em todos os segmentos. Um exemplo, diz ela, é este evento marcado para a Rádio Difusora, uma parceira que abre o seu espaço para render homenagem à arte visual.
Gibran Santana, renomado artista plástico, empolgado com a iniciativa da diretora Leila Castro, cita o movimento Arte como pano de fundo como uma das melhores iniciativas do setor artístico local, uma vez que não pensa o individual nem um coletivo elitizado, mas uma performance eminentemente popular.
Dekko, o grande idealizador do movimento, revela que o ‘Pano de fundo’ nasceu do pensamento de colocar na lide artística, pessoas talentosas que se sentem retraídas no mostrar de suas produções, e que por introspecção preferem mantê-las no anonimato.
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