“As histórias em quadrinhos se adaptaram às novas modalidades de consumo”, diz Ivan Carlo
Professor universitário e escritor afirma que as HQs ainda têm seu público, e que agora há mais facilidade de publicação para os autores
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Douglas Lima
Editor
No Dia do Quadrinho Nacional, celebrado em 30 de janeiro, é uma homenagem à primeira obra do gênero publicada em 1869, por Angelo Agostini, intitulada As Aventuras de Nhô-Quim. Sobre a data, o programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) ouviu o professor universitário e escritor Ivan Carlo que, entre outras coisas, falou sobre o cenário atual das HQs e de sua importância histórica.
“A data foi instituída na década de 80 para homenagear as histórias nacionais, criadas em referência à primeira história em quadrinhos brasileira, e talvez uma das primeiras no mundo”, informou Ivan.
Acerca da situação atual dos quadrinhos, o professor disse que as HQs não saíram de cena, apenas se adaptaram às novas modalidades de consumo. “A situação apenas mudou, você tem também muito. Costumo dizer que todo movimento tem seu oposto, depois tem sua volta. Hoje as tiragens são menores, mas você tem a possibilidade de vender pela internet”, disse.
Ivan informou ainda que antigamente todas as editoras estavam em São Paulo ou no Rio de Janeiro, e que agora artistas podem publicar em várias partes do país, inclusive no Amapá. “Agora é possível publicar em Belém, Manaus, mas na década de oitenta você precisa ir para o Sudeste”, relembrou.
Concluindo e falando da importância dos quadrinhos na história no Brasil, o professor lembrou que durante a ditadura militar no país, os quadrinistas foram um dos primeiros a serem perseguidos pela censura. Ivan ainda citou a quase nacionalização das HQs durante o governo de João Goulart, a pedido de Ziraldo, do ‘O menino maluquinho’.
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