Nota 10

As magníficas pinceladas de Herivelto Maciel

Herivelto também é um craque em telas com resinosos da Amazônia e ainda com a utilização do fogo. Das resinas, ele usa mais a do açaí, as suas pirogravuras são inconfundíveis.


O consagrado artista Herivelto Maciel, 64, está com exposição na Praça de Alimentação do Vila Nova Shopping. Trinta e duas peças compõem a mostra de acrílico sobre tela e sobre textura com a temática natureza – fauna e flora.

“Abstracionismo geométrico”. É assim que Herivelto define os quadros da exposição para cuja confecção ele utilizou restos de material de construções com aproveitamento das superfícies internas.

O artista plástico também é um craque em telas com resinosos da Amazônia e ainda com a utilização do fogo. Das resinas, ele usa mais a do açaí, as suas pirogravuras são inconfundíveis.

Enquanto expõe no Vila Nova Shopping, Herivelto Maciel trabalha na elaboração de peças, justamente de resinosos e fogo, para expor em Brasília e Recife, em mostras coletivas, respectivamente em outubro e novembro.

O costume do artista é não expor trabalhos com resinas e fogo no Amapá. Já fez isso pouquíssimas vezes. Gosta de mostrar essas obras, mesmo, fora do estado. Seria uma marca registrada sua para outras plateias.
E foi assim que já ocupou o Salão Negro do Congresso Nacional e espaços em São Paulo e Rio Grande do Sul, nesse estado, no Festival de Cinema de Gramado. Mas também em outros estados em exposições organizadas pela Federação de Arte/Educadores do Brasil, a Faeb, da qual é filiado.

Herivelto Maciel é também um artista premiado. Três vezes ganhou concurso para elaboração da capa de catálogos telefônicos. É ele o autor do Brasão das Armas do Amapá e também do Brasão das Armas do Município de Macapá.

A respeito do Brasão de Macapá ele conta que se viu na dúvida a respeito do ícone que poderia utilizar para encimar o capitel. Elaborou três possibilidades: Divino Espírito, Marco Zero do Equador e Guarás.

Decidiu-se pelos guarás, convencido por argumentos da professora Zaide Soledade, que lhe disse: “Os guarás são símbolos vivos do Amapá; pintam os céus; são aves silenciosas, mas muito fortes com a sua presença”.

O artista acabara de sair do velório da professora Zaide, na Câmara Municipal de Macapá. A mestra morrera na véspera, acometida de problemas renais, deixando todo um legado educacional e cultural para a posteridade.


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