Celebração de Candomblé encerra programação em homenagem ao Dia dos Cultos Afro no Amapá
Durante o evento, com apoio do Governo do Estado, foram realizadas palestras, workshops e apresentações culturais
Encerrou no sábado, 18, na União dos Negros do Amapá (UNA), a programação pelo Dia Estadual dos Cultos Afros, instituído por lei para combater a intolerância religiosa no estado. Em mais uma noite de celebração, com apoio do Governo do Amapá, foram apresentadas as manifestações culturais e religiosas do Candomblé.
Organizada pela Federação de Cultos Afro-Religiosos de Umbanda e Mina Nagô e pelo Fórum Afro-ameríndio do Estado, o evento que começou na sexta-feira, 17, contou com fomento de emenda do deputado estadual Rodolfo Vale. O bàbá (papai), Guilherme Batista, dirigente do templo ifá Ireté Ofunda, no estado de São Paulo e iniciado na Nigéria, participou da programação e celebrou a iniciativa, que considera pioneira no país.
“É um projeto incrível que deve ser difundido em nível nacional. Vamos levar esse axé e essas boas práticas para fazer diferente. Ter apoio do Governo do Estado é um diferencial, que fortalece e divulga nossa religião”, celebra Guilherme. O Babalorixá (pai-de-santo), Joelson Alencar, da casa Ilê de Asè Odé Ogèdéran, no estado do Amapá, comentou que além da partilha de conhecimentos religiosos, houve a união de representantes de vários terreiros.
“A ação envolveu 30 casas de umbanda e 25 de candomblé. Finalizamos com a participação das nações Angola, Queto, Jeje e Efon, presentes pela primeira vez na história do Amapá. As quatro nações se reuniram para fazer acontecer uma linda programação”, comentou Joelson. A diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos, reforçou que faz parte do Plano de Governo enfatizar o combate a intolerância religiosa e promover ações efetiva das políticas públicas para todas as expressões de fé no Amapá.
“Tivemos um dia cheio de axé com os nossos orixás respirando a ancestralidade. É necessário garantir essa equidade, valorizar, respeitar e lutar contra a intolerância religiosa. Deixo um salve a todas as crenças, mas principalmente, para os povos de terreiro”, concluiu a diretora-presidente. Dia Estadual dos Cultos Afro-religiosos.
A data foi instituída pela Lei 933, de 3 de novembro de 2005. O dia 8 de maio foi escolhido em homenagem à saudosa Dulce Costa Moreira, a “Mãe Dulce”, uma das pioneiras da cultura afro-religiosa no Amapá. Ela teria tocado pela primeira vez o Tambor de Mina no Amapá, neste dia, em 1962.
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