Nota 10

Ciclo do Marabaixo da Favela começa com o rufar dos tambores no Sábado de Aleluia

Com três meses de duração, programação começa nos barracões da Dica Congó e da Tia Gertrude e termina em 16 de junho, celebrado como o Dia Estadual do Marabaixo.


O tradicional Ciclo do Marabaixo da Favela vai iniciar no Sábado de Aleluia (31) com o rufar os tambores no Sábado de Aleluia (31) nos barracões da Dona Dica Congó (Avenida Mendonça Júnior, 1275, entre a Rua Leopoldo Machado e Jovino Dinoá) e o da Tia Gertrudes (Avenida Duque de Caxias, 1203, entre a Avenida Manoel Eudóxio e a Rua Professor Tostes. Integrante da equipe de coordenação, Elízia Congó falou sobre o evento na manhã desta quarta-feira (28) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9):
– O Ciclo inicia na Favela no dia 31, rompendo o Sábado de Aleluia nos barracões da Dica Congó e da Tia Gertrudes, com o rufar dos tambores às 5 horas da tarde, no Marabaixo da Aceitação. No Domingo de Páscoa temos no Laguinho, no Barracão da Tia Biló e do Mestre Pavão. Depois volta no dia 5 de maio, mas antes nós vamos também fazer um percurso pelos bairros, são três meses de uma extensa programação que vai até 16 de junho que é o Dia Estadual do Marabaixo; começa no Sábado de Aleluia e termina no Domingo do Senhor. A gente está aqui no programa convidando toda população que vá prestigiar a nossa cultura, a nossa identidade, porque o Ciclo do Marabaixo é nossa raiz.

 


Origem

O Ciclo do Marabaixo da Favela foi instituído na década 1990, oficializando uma tradição secular dos negros que vem do início do povoamento de Macapá, época em que a concentração de moradores era nas proximidades da igreja São José. Com a necessidade de organização administrativa, nos anos 40 os negros que ali habitavam foram transferidos e iniciaram o povoamento dos bairros Favela e Laguinho, para onde levaram as tradições do Marabaixo, em que à dança foi incorporada a fé cristã.

 

A programação do Ciclo na Favela é formada por seis rodas de marabaixo onde os festeiros e familiares dançam com convidados e visitantes; rituais, como a derrubada dos mastros no quilombo do Curiaú, e Corte da Murta, que são os ramos que enfeitam os mastros; ladainhas e missa; Almoço dos Inocentes e lazer para as crianças. Neste ano os organizadores retomam o projeto da Biblioteca, que foi paralisado em função de furto no barracão, e inauguram o Museu Natalina Costa, com informações sobre a história da pioneira. A biblioteca e o museu irão funcionar no barracão, aberto para a comunidade a partir de 5 de maio.

 

Outra novidade prevista pela Associação Berço do Marabaixo é a parceria com o grupo teatral Os Desclassificáveis que irá proporcionar bazar cultural, oficinas de citações de história, teatro e aprendizado sobre o Marabaixo. Ainda no barracão terá o Espaço Empreendedor, com venda e roupas e acessórios tradicionais, de gengibirra e outros elementos desta cultura.


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