Nota 10

Empreendedores comemoram aniversário de Macapá com três dias de feira na Beira-Rio

Realizado pelo governo do Estado, evento reúne 75 trabalhadores com a venda de artesanato e programação cultural.


No primeiro dia, o governador Waldez Góes entregou 3 tendas e 50 barracas para serem usadas em outros eventos pelos trabalhadores.

O mês de fevereiro iniciou com a Feira de Artesanato e Empreendedorismo que durante três dias impulsionará a economia amapaense ao reunir 75 pequenos empreendedores na Praça Beira-Rio, em Macapá. A ação é organizada pelo Governo do Amapá, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete), e se estende até o domingo, 4, data de celebração do aniversário de 260 anos da capital amapaense.

A programação iniciou nesta sexta-feira, 2, com exposição e venda de materiais como artesanato em madeira, cerâmica, fibra, cipó, sementes e manualidades – que são objetos produzidos por grupos econômicos solidários feitos em EVA, tecidos e outros materiais. Na feira, também é possível comprar alimentos no espaço destinado aos empreendedores populares. A primeira noite de feira foi embalada pela apresentação da banda paraense Xeiro Verde.

Durante a abertura do evento, o governador Waldez Góes, entregou três tendas de 6m x 6m e 50 barracas medindo 3m x 3m, todas adquiridas pelo governo estadual com recursos do Fundo de Apoio ao Microempreendedor e ao Desenvolvimento do Artesanato do Amapá (Fundimicro) por meio de um convênio entre a Sete e a Agência de Fomentos do Amapá (Afap). O material será utilizado para expor o trabalho dos profissionais em feiras na capital e no interior do Estado o que garantirá mais conforto ao segmento e evitará que o governo alugue tendas e barracas em outras ações.

O chefe do Poder Executivo visitou os estandes onde atuam os empreendedores e artesãos e conversou com os profissionais. Ele destacou a necessidade de valorizar a riqueza da produção artesanal que o Amapá possui, seja na zona urbana, na zona rural ou nas áreas indígenas.

“Toda esta diversidade exige políticas públicas para ganhar maior expressão na sociedade amapaense, o que é proporcionado por ações como a Feira de Artesanato e Empreendedorismo, onde os trabalhadores têm a chance de criar negócios”, ponderou Góes. Ele acrescentou que o objetivo do governo é realizar um evento mensal nos moldes da Feira de Artesanato e Empreendedorismo, em diferentes pontos da cidade para oportunizar maior divulgação do trabalhado desenvolvido pelos profissionais e, consequentemente, aquecer a economia local com geração de emprego e renda.

 

Oportunidades

A doceira Johana Queiroz, 19 anos, participa da Feira de Artesanato e Empreendedorismo, onde vende doces como brigadeiro e cajuzinho. A jovem é empreendedora há um ano e costuma utilizar uma bicicleta customizada para vender os doces pela cidade. A ideia surgiu a partir da necessidade de participar de congressos e adquirir materiais necessários para seguir a faculdade de fisioterapia.

“Oportunidades como estas permitem que eu apresente meu trabalho a mais pessoas, o que é ótimo porque minha expectativa é expandir o negócio e criar uma franquia de venda de brigadeiro em bicicletas”, explicou a Johana que, também participou da 2ª Virada Afro e Réveillon Beira-Rio 2018.

Outra empreendedora que participa da feira é a professora e artesã Nívea Amanajás, 42 anos, que vende produtos como caixas de presente e capas decoradas para carteira de vacina há um ano. Ela vê na ação uma chance de ampliar seus conhecimentos. “Estou conhecendo o trabalho de outros artesãos e aprendendo cada vez mais. O evento está sendo extremamente organizado”, observou.

Um estande que se destacou no primeiro dia de evento foi o que é ocupado por empreendedoras do Conjunto Mucajá, localizado na zona sul de Macapá. As profissionais receberam capacitação em uma oficina de customização de camisas disponibilizada pela Sete. Com os conhecimentos adquiridos, elas trouxeram suas primeiras produções para a Feira de Artesanato e Empreendedorismo.

Uma delas é a artesã Simone Valente, 50 anos, que trabalha com materiais reciclados. Ela conta que o artesanato surgiu há 15 anos em sua vida, quando estava com a saúde debilitada e precisava de uma atividade para se distrair. Foi, então, que teve contato com o artesanato. Ao participar da oficina de customização de camisas, Simone adquiriu mais conhecimentos sobre sua profissão. “Agora, quero me dedicar mais e participar de outros eventos como esta feira. Pois, eles são ótimos para divulgar nosso trabalho. Também quero ajudar outras mulheres do Conjunto Mucajá que desejam se profissionalizar como um dia eu quis”, desejou a artesã.

A estudante de matemática Caroline Almeida, 22 anos, participou do primeiro dia de feira acompanhada dos filhos de 4 anos, Matheus e Henrique. Para ela, a ação valoriza o trabalho dos empreendedores e artesãos amapaenses. “Conheci muitos trabalhos bonitos da nossa terra e comprei alguns deles porque estavam com preços acessíveis, o que é importante nesta época do ano em que todos tentamos nos organizar financeiramente”, afirmou.

A titular da Sete, Maraína Martins, destacou que a Feira de Artesanato e Empreendedorismo é uma excelente oportunidade para que artesãos e empreendedores comercializem seus produtos fortalecendo a economia. “Estamos nos planejando para realizar feiras com mais frequência em 2018, para que estes trabalhadores possam divulgar seu trabalho e vender sua mercadoria”, adiantou.

Programação cultural

A Feira de Artesanato e Empreendedorismo continua no sábado, 3, com show musical com Arthur Loran e apresentação da Escola de Samba Piratas da Batucada.  No domingo, 4, data de aniversário da cidade, o evento terá show da cantora Josy Santos e encerra com apresentação de Taty Taylor e Banda Babilônia.


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