Encontro debate ancestralidade e clima em Macapá
A programação é toda gratuita e os interessados podem se inscrever através do site www.plantaformas.org
Acontece de 12 a 14 de abril, no Museu Sacaca e na BaluArte Cultural, em Macapá, o “3º Encontro Plantaformas – Ancestralidade, Clima e Participação Social”, com debates, rodas de conversa, oficinas e apresentações culturais. A programação é toda gratuita e os interessados podem se inscrever através do site plantaformas.org.
Entre os objetivos do encontro está: acessibilizar conhecimentos sobre cultura digital e tecnologias ancestrais na Amazônia Brasileira; debater, em rodas de conversa e oficinas, a conjuntura entre direitos humanos, emergências climática e território; e promover momentos de formação (com oficinas sobre ferramentas livres) em conhecimentos práticos e habilidades técnicas para ações efetivas no campo das ações climáticas e direitos humanos.
O encontro é promovido pelo Movimento Plantaformas e envolve ações teóricas e práticas, com a junção de tecnologias digitais e ancestrais promovendo governança territorial colaborativa e elaborando soluções de combate ao racismo e superação das emergências climáticas, um dos temas mais importantes da atualidade.
Debates e oficinas
A abertura oficial do encontro será às 19h de sexta-feira (12), mas, já a partir das 14h, uma roda de conversa aborda um tema de interesse geral: como elaborar projetos (sociais, culturais, ambientais) para aprovação em editais. A condução será da assessora de projetos Sayô Adinkra, que já integrou várias comissões de avaliação de obras em editais governamentais. Ainda na sexta-feira, a ancestralidade assume o centro dos debates, com o relato de artista “poéticas ancestrais: palavra imagem corpo planta”, com condução de Raphíssima. Às 19h da sexta, haverá a Mística de Abertura, com Enpretiadu e Mestra Elisia Congó, representante do Grupo de Marabaixo Raízes da Favela Dica Congó. E, fechando o primeiro dia, a roda de conversa “Colaboração, confiança e cuidado – valores ancestrais de trabalho e luta”, envolvendo vários debatedores com a condução de Alícia Miranda.
A programação do sábado, 13, terá a Mística de Abertura, conduzida por Fábio Sacaca e família (Fábio é filho de Mestre Sacaca, que dá nome ao Museu); em seguida, a roda de conversa “Narrativas climáticas sob a ótica da ancestralidade e das comunidades de base comunitária”. Ainda no sábado, a sabedoria ancestral guia ações práticas no presente, com a roda de conversa “Tecnologias ancestrais no Amapá e na Amazônia – uma perspectiva cíclica de vida e a orientação de políticas públicas comunitárias”, com condução de Sayô Adinkra. No sábado, haverá também um mutirão de cadastro de tecnologias ancestrais do Amapá e apresentações culturais de Marabaixo da Juventude, Maniva Venenosa, Máfia Nortista e DJ Dropanda.
O domingo (14) será dedicado a viabilizar ações práticas de transformações positivas em bairros e comunidades. Após a mística de abertura, haverá a apresentação do território digital livre da Plantaformas, cujos objetivos estão traduzidos nos Encontros presenciais que se realizam em cada um dos nove estados amazônicos (o próximo será em Manaus): é um movimento de participação popular sobre ancestralidade, combate ao racismo, apropriação tecnológica e justiça climática. Jader Gama, coordenador de articulação da Plantaformas, complementa: “Compartilhamos um ambiente digital para reunir pessoas de todos os estados da Amazônia Brasileira e partilhar estratégias para se viver em nossos territórios diante da crise climática e da perseguição de nossos povos, partindo de experiências próprias, valorizando o conhecimento de todas as gentes e culturas originárias desta região”. Neste sentido, haverá uma oficina com ensinamentos diretos no domingo: “Estratégias na Plantaformas para tecnologias ancestrais e governança territorial no Amapá”, que propõe mudanças positivas em bairros e comunidades. Também no domingo, inscrições à Plantaformas e roda de conversa sobre como se apropriar de forma gratuita da ferramenta, com vistas a transformar realidades a partir da apropriação de tecnologias digitais livres.
No encerramento, várias apresentações culturais
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